VEJA DENUNCIA ESQUEMA DE PROPINA ENVOLVENDO MINISTRA SUBSTITUTA DE DILMA
Veio à luz a mãe de todos os escândalos do governo Lula-Dilma. É muito mais grave do que o mensalão. Israel Guerra, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra — sucessora de Dilma na pasta e seu braço-direito, como todos sabem —, montou um grupo para fazer a intermediação de verbas públicas. Ele cobra uma ‘taxa de sucesso’ de 6%. É pouco? Erenice, que já andou metida em outros casos nada republicanos do governo Lula, participou de reuniões. Segundo a Veja Erenice deixou claro a um empresário com quem fez negócio, que a dinheirama cobrada era para “saldar compromissos políticos”.
OPOSIÇÃO QUER APURAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL E JUSTIÇA ELEITORAL
A oposição parece haver despertado, após a revelação da revista Veja desta semana de que, com anuência e apoio da ministra Erenice Guerra, braço direito e substituta de Dilma Rousseff na Casa Civil da Presidência da República, seu filho, Israel Guerra, virou lobista em Brasília, e faz intermediação de contratos milionários entre empresários e órgãos do governo mediante o pagamento de “taxa de sucesso”, a sua empresa Capital Assessoria e Consultoria. O presidente nacional do PSDB, senador Sergio Guerra (PE), pediu que a Procuradoria Geral da República abra investigação imediata. O senador Jarbas Vascincelos (PMDB-PE), destacou que o balcão de negócios não foi instalado apenas nos ministérios, mas na Casa Civil, dentro do Palácio do Planalto. Estarrecido, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) pediu a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral no caso imediatamente. Já o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) acha gravíssimo que a ministra tenha dito, segundo a reportagem, que a propina era para “saldar compromissos políticos”, configurando corrupção e fator de impugnação da candidatura de Dilma Rousseff. Erenice distribuiu nota dizendo-se “ofendida e ultrajada”, Dilma diz que a denúncia objetiva prejudicar sua candidatura.
Repórter gravou tudo e avisa: vem mais por aí – O empresário Fabio Baracat, que estaria em Paris, hoje divulgou nota assinada e datada em São Paulo, desmentindo que tenha feito a denúncia, mas o autor da reportagem, Diego Escosteguy, revelou em seu twitter que tem tudo gravado e que se necessário for a revista vai divulgar o áudio em seu site. Ele tem recebido muitos elogios e também críticas de blogs vinculados ao governo e ao PT. “Aos xingamentos histéricos”, escreveu Escosteguy em seu microblog, “respondo com a reportagem que está nas bancas e com as que virão”. Baracat contou ainda à revista que precisou se livrar de caneta, relógio, celular, qualquer aparelho que pudesse embutir um gravador, antes da reunião com Erenice. O empresário contratou os préstimos da Capital Assessoria e Consultoria, e passou a pagar 25 000 reais mensais, sempre em dinheiro vivo, para que Israel fizesse avançar seus interesses em órgãos do estado. Se os negócios de Baracat se ampliassem, seria paga uma “taxa de sucesso” de 6%. Houve outras reuniões com Erenice, inclusive depois que ela virou ministra. O lobby de Israel Guerra, o empresário obteve contratos no valor de R$ 84 milhões com os Correios.
Diretor dos Correios confirma à ‘Folha’ – O diretor de Operações dos Correios, Artur Rodrigues da Silva, e o empresário Fabio Baracat, apontaram o filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, como intermediador entre uma empresa e o governo Lula. É o que informa o jornal Folha de S. Paulo em seu site.
Personagens do esquema na Casa Civil – Segundo a reportagem, o esquema no alto escalão do governo inclui Vinicius Castro, funcionário da Casa Civil, e Stevan Knezevic, servidor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) hoje lotado na Presidência da República. Eles são parceiros do filho da ministra, Israel Guerra. “Como a Capital tem sede na casa do proprio Israel, o trio recorre a um escritório de advocacia em Brasília para despachar com os clientes. Ali trabalha gente importante. Um dos advogados é Marcio Silva, coordenador em Brasília da banca que cuida dos assuntos jurídicos da campanha presidencial de Dilma Rousseff. Outro é Antônio Alves Carvalho, irmão de Erenice Guerra.”, informa Veja.