Só um segundo turno salva Geddel
Lula e Dilma descartaram Geddel na reta final
A manifesta preferência da candidata Dilma Rousseff por seu ‘companheiro’ Jaques Wagner, desencadeou uma reação entre os peemebistas de todo o Estado, que não se conformam com a “traição” da afilhada de Lula, bem na hora da ‘onça beber água’. Embora Geddel negue o rompimento, a sua única saída será um segundo turno na eleição presidencial, o que valorizará o seu passe junto ao grupo palaciano, evitando que os seus desafetos locais do PT o destrocem, antes mesmo do fim do governo de Lula. Isto será inevitável, caso a fatura seja liquidada no primeiro turno, fazendo ganhar corpo, entre os gedelistas, a tese de abandonar Dilma e debandar para Serra e Marina, nesta reta final.
A revolta entre os peemedebistas é tamanha, que em uma carreata do PMDB realizada m Itabuna, não havia mais nenhum adesivo ou plotagem de Dilma nos quase 2 mil veículos que acompanhavam a caravana de Geddel.
O sinal de alerta já ‘piscou’ em Brasilia e o próprio Michel Temer, candidato a vice na chapa de Dilma, vem à Bahia nesta terça-feira, para almoçar com Geddel e tentar removê-lo da idéia de ‘abandonar o barco’. Geddel deve reafirmar o apoio a Dilma, ’em atenção’ ao amigo Temer, mas certamente deixará os seus correligionários à vontade para votarem em quem quiserem, até porque as lideranças interioranas que o apoiam não suportam mais ouvir falar em Dilma e Lula.
Se esta tendência se confirmar, o que é muito provável, a Bahia pode dar a Serra e Marina os votos que faltam para levar um dos dois a um sonhado segundo turno, o que dará precioso tempo ao ‘apressado’ Geddel, para negociar uma saida honrosa, na inevitável derrota que sofrerá na Bahia. Vão-se os anéis, ficam os dedos…
Davi Ferraz – Editor