Máquina parada em frente à montanha de terra

ITAPETINGA: Considerada pelo atual prefeito como “herança maldita” deixada pelo ex-prefeito Michel Hagge, a duplicação da Avenida Julio José Rodrigues, ligando a Rodoviária à Azaléia, pode vir a ser ser, pela sua grandiosidade, a tábua de salvação ou a desgraça do prefeito Zé Carlos. Pela lentidão das obras, a segunda opção é a mais plausível.

Poucos trabalhadores na construção da imensa galeria

Quem vê de perto a desenrolar dos trabalhos desenvolvidos pela construtora da obra, tem a nítida impressão de que a construção nunca vai acabar, pois só enxerga buracos, lama, máquinas paradas e pouco mais de uma dezena de operarios trabalhando, naquele velho ‘rítmo de prefeitura’: um ou dois enrolando e os demais observando.

Águas das chuvas sendo bombeadas das valas, em frente à Azaléia

O cronograma divulgado para a conclusão da obra (setembro de 2011) é impossível de ser alcançado, a não ser que sejam mobilizadas duas centenas de trabalhadores, dezenas de máquinas, técnicos e engenheiros, para concluí-la, em rítimo de mutirão. A obra éstá ainda na fase inicial, faltando a conclusão das galerias, remoção do antigo asfalto, terraplenagem, compactação, meios fios, drenágem, pavimentação asfáltica, iluminação, jardinagem e sinalização. Resumindo, falta tudo.

Valas abertas há meses viraram depósito de lixo e pneus velhos

No entanto, o que se vê no local é muito diferente, com as obras sendo paralizadas a todo momento, para que as águas das chuvas sejam bombeadas dos imensos canais de esgotos que foram escavados e não concluidos.

Água contaminada, lama e venda de alimentos, em frente à Vulcabrás/Azaléia

Em frente à Azaléia virou um inferno, com um cenário parecido com o que ocorreu nas inundações no Rio de Janeiro, onde as pessoas têm que conviver misturadas com lama, buracos e água contaminada.

Funcionários da Azaléia lancham ao lado da água bombeada dos esgotos abertos

Se alguma providência drástica não for adotada para acelerar as obras, Zé Carlos pode deixar para o seu sucessor um verdadeiro ‘presente de grego’, pior do que aquele que ele recebeu do seu antecessor. Tomara que eu esteja errado.

Por DAVI FERRAZ