Itapetinga: Secretária de Saúde convoca conselho para descredenciar o Hospital Cristo Redentor
Unidade de atendimento do SUS no Hospital Cristo Redentor
ITAPETINGA: Os planos ‘ambiciosos’ da secretária municipal de saúde, Kally Cristina, chegaram ao extremo, nesta quinta-feira, com a surpreendente convocação do Conselho Municipal de Saúde sob a seguinte pauta: ” Discutir o descredenciamento do Hospital Cristo Redentor ao SUS”.
A atitude da secretária, com o aval do prefeito Zé Carlos, caiu como uma bomba nos setores políticos e de saúde do município, gerando reação imediata na comunidade local, que estranhou a medida, pela sua drasticidade. Com o comparecimento em massa dos membros do Conselho de Saúde e a repercussão negativa gerada pela convocação, a secretária desconversou e acabou recuando do seu intento, passando a tratar de assuntos totalmente alheios à pauta da reunião. Ninguém entendeu nada.
Enquanto isto, na sessão da Câmara Municipal, os vereadores Alfredo Cabral, Naara Duarte, Gilson de Jesus e Fabiano Bahia protestaram contra a atitude irresponsável da secretária Kally, que pretende privar a população mais carente do único hospital da região que atende os casos de emergência através do SUS, sem apresentar qualquer outra alternativa à população. Alguns vereadores ‘obedientes’ ao prefeito também reclamaram da atitude “precipitada” da secretária.
Como o conselho não deliberou sobre a questão para a qual foi convocado, determinou-se outra data para nova reunião, o que ocorrerá em 28 de abril próximo, para tentar buscar alternativas que possam sanar a crise do HCR e encaminhá-las ao Secretário Estadual de Saúde, Jorge Solla. Nessa nova reunião do conselho serão convidados representantes da câmara de vereadores, da 19ª Dires, dos hospitais e de outras entidades. A secretária Kally não participará.
Com a saúde do município passando pela sua pior crise, é incompreensível que atitude como esta seja adotada pelo poder público municipal, a quem cabe, em última instância, zelar pelos interesses da comunidade. É, no mínimo, uma tremenda irresponsabilidade.
Por DAVI FERRAZ