“UM PASSO À FRENTE” 

O cada dia mais preocupante quadro da violência que nos cerca e atemoriza  motivou a que os Representantes das Instituições  que subscrevem este manifesto, conscientes da  sua responsabilidade para com a sociedade e de que a sua conduta está amplamente respaldada em seus Estatutos, se dirijam às Autoridades diretamente encarregadas da garantia e segurança públicas  solicitando-lhes providências devidas, antes que sejam  tardias

 A investidura de nossa representação nos fez optar pela publicidade por  nos parecer ser esta a forma mais adequada de fazer ecoar junto às autoridades competentes, em todas as esferas de poder,  a nossa indignação em ver  a nossa cidade entregue à violência disseminada pela marginalidade. Não nos satisfaz a explicação de que não somos um caso isolado e que outras cidades sofrem com o mesmo problema. E, se assim o e´, tomara que a  iniciativa que adotamos sirva de exemplo e outras comunidades se sintam encorajadas a reclamarem o mesmo direito à segurança pública que buscamos.

Decididamente não está correto que o cidadão seja obrigado a proteger a sua casa com cercas elétricas, seja forçado a elevar consideravelmente a altura dos seus muros, a armar-se de toda uma parafernália eletrônica de alarmes e câmaras de vídeo, a manter em casa dois ou três cães de ferocidade comprovada, para suprir a omissão da polícia, como está ocorrendo entre nós. Não é justo que as famílias fiquem encarceradas em suas casas, já não só no período da noite, mas, também, durante o dia, atemorizadas com a ousadia  dos assaltantes, encorajados com a ausência de um policiamento que os iniba.

Não estamos reivindicando a violência do Estado contra a violência dos delinqüentes. Estamos reivindicando presença, eficiência, ação das autoridades responsáveis pela segurança como recurso legal instituído como garantia fundamental do cidadão. Estamos reivindicando um direito. A nossa gente é ordeira, pacata, mas se sente insegura. E isto não pode continuar, está se tornando insuportável.

Seria plenamente dispensável enumerar casos que chocaram a sociedade itapetinguense, tantos são eles. Não é necessário, também, dizer o quanto a ousadia da criminalidade tem avançado. Vale, entretanto, lembrar que  a delinqüência já não respeita idade,  faixa social ou econômica, e que famílias ilustres desta terra foram submetidas a graves constrangimentos  físicos e psicológicos, como recentemente se registrou, com casas  invadidas e seus ocupantes, sob ameaças de armas, expostos a vexames de toda ordem. Proprietários de bares são obrigados à cumplicidade do silêncio de que sobre as mesas dos seus estabelecimentos corre livre o uso e comércio de vários tipos de drogas;  não é segredo que grupos armados impõem as mais sérias restrições ao trânsito de pedestres nos bairros mais afastados do centro da cidade: mas que, também, no  centro da cidade tem ocorrido tiroteios entre grupos de criminosos, numa afronta desmedida à ordem e à segurança e que, inclusive já houve mortes registradas nestas ocorrências; a crônica policial registra um sem número de assaltos, especialmente a aposentados após o ato de saque de seus benefícios. A nossa cidade está aceitando a triste referência de fazer parte do roteiro do tráfico de drogas e isto é lamentável e não pode continuar.  Estes são apenas alguns fatos, referidos tão só como exemplos. A lista seria sumamente enriquecida com a experiência de inúmeras pessoas que sofreram na pele as conseqüências da insegurança que ora denunciamos.  

Os signatários deste manifesto reiteram o seu propósito de colaboração estreita e constante com as forças da segurança pública (Civil e Militar), Poderes Executivo e Legislativo, Ministério Público, assim como entendem que, denunciando publicamente a sua insatisfação, estão emprestando a sua colaboração ao Major Comandante da Oitava Companhia Independente da Polícia Militar, que recentemente assumiu as sua funções.        

Itapetinga, 29 de abril de 2.011

Loja Maçônica “Amor e União Itapetinguense”

Sub Secção da Ordem dos Advogados do Brasil

Clube de Diretores Lojistas de Itapetinga (CDL)

COEDITA – Cooperativa Educacional de Itapetinga

Primeira Igreja Batista de Itapetinga

Paróquia de São José

COOPARDO

Sindicato Rural de Itapetinga

COOLEITE

Rotary  Clube  de  Itapetinga

OMEI

Coroas  Country  Clube

Colégio Batista / UNOPAR

Colégio  São  José

Sindicato  dos  Comerciários

Academia  Itapetinguense  de  Letras

Sindicato  dos  Bancários

Sindicato  da  Verdade

Conselho  Regional  de  Medicina

Conselho  Regional  de  Contabilidade – 15ª Delegacia

Associação das Indústrias de Itapetinga

APLB  – Sindicato