AUDIÊNCIA PÚBLICA EM BRASILIA DISCUTIU CRISE DA AZALÉIA
Fábrica já demitiu 3.656 operários de novembro de 2010 a maio de 2011
As representações políticas deram demonstração de maturidade no interesse da cidade e região. A audiência pública realizada na Comissão de Trabalho na Câmara dos Deputados superou as expectativas. Nunca na história desta cidade assistimos uma caravana composta pelo Presidente da Câmara e mais 11 vereadores, além de sindicalistas, representantes de partidos.
A Audiência Pública contou as presenças dos deputados federais, Daniel Almeida (PC do B), Geraldo Simões (PT), Roberto Brito (PP), Lúcio Vieira (PMDB) e Vicentinho (PT). Também lá estavam Milton Cardoso, presidente da da ABICALÇADOS, James Correa, Secretário da Indústria do Estado da Bahia, representantes de Ministros, a ex-deputada Virgínia Hagge, Kátia Espinheira, Geddel Vieira Lima e até o prefeito José Carlos Moura.
Em entrevista por telefone, o representante do Fórum de Empresários, Adson Alan, considerou muito positiva e promissora a audiência. Gilson de Jesus classificou como grande evento econômico e conclamou cada líder partidário a mobilizar seus deputados para aprovarem medidas que protejam nossa indústria.
O Deputado Daniel Almeida anunciou que deputados da Bahia, Sergipe, Ceará, S. Paulo e Rio Grande do Sul irão discutir futuras medidas e dialogar com o Ministro da Fazenda, visando estancar as demissões no setor calçadista.
“TERRORISMO DA OPOSIÇÃO” E “TEMPESTADE EM COPO D’ÁGUA”?
Contrariando o que afirmou o prefeito Zé Carlos, em sua infeliz entrevista no aeroporto de Conquista, quando afirmou que a crise da Azaléia não passava de “terrorismo da oposição” e “tempestade num copo d’água”, o Presidente da ABICALÇADOS, que é o mesmo da Vulcabrás-Azaléia, anunciou que as demissões na empresa alcançaram o número de 3.656 de novembro de 2010 até agora.
O maior problema é com a concorrência externa da China e índia. Embora o Governo Dilma tenha taxado os produtos importados da China em 13%, as importações continuaram por outras fronteiras, numa prática conhecida como triangulação. Neste cenário é que surgiu a decisão da Azaléia de abrir fábrica na Índia, para entrar na concorrência mundial, que o Brasil figura em 3º lugar na produção de calçados.
A Caravana de Itapetinguenses está retornando nesta quarta, mas a mobilização e o debate vão continuar.
Informações do Itapetinga Net