:: 2/jun/2011 . 8:54

Palocci deve cair a qualquer momento

O PT colocou o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, na parede para que explique à população como seu patrimônio multiplicou 20 vezes nos últimos quatro anos. Segundo matéria do jornal Folha de S. Paulo, o ex-presidente Lula cobrou do colega petista uma auto-defesa pública para pôr fim à crise política, cobrança que foi endossada pela presidente Dilma Rousseff. Até então, Palocci estudava falar somente depois do pronunciamento do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que analisa um pedido de abertura de investigação requerido pela oposição.

Agora, ele deve se antecipar e acabar o silêncio e falar, principalmente, do caso relatado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), de que Palocci teria dito que havia ganhado R$ 1 milhão assessorando um processo de fusão de empresas no setor privado. Esta operação teria envolvido órgãos públicos. “Não se trata de abandonar Palocci. O problema é que o caso é uma coisa típica dele. Ele não falou, não nos disse nada. O que não dá é parar o PT e o governo. Por que o bônus é dele e o ônus é nosso?”, reclamou o senador Walter Pinheiro (PT), em entrevista ao A Tarde.

Policiais civis e militares foram transferidos para prisão em Salvador

Já estão na Corregedoria da Polícia Civil de Salvador, o delegado e outros oito policiais civis de Camacã, no sul da Bahia, presos na última terça-feira. Os policiais são suspeitos de fazer parte de uma quadrilha que praticava assassinatos, extorsão e receptação de carga roubada, entre outros crimes. Também estão presos no interior do estado o Comandante da Companhia da Polícia Militar de Camacã, outros três PMs e três empresários.

Os policiais civis que estavam detidos no município de Itabuna e chegaram à Corregedoria da Polícia, em Salvador, no fim da tarde de quarta-feira. Os presos, que não quiseram falar com a imprensa, cobriram os rostos, sendo cercados pelos advogados. A PM informou que vai investigar todas as denúncias. Os quatro policiais militares detidos foram levados para o Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas. Os empresários estão presos na delegacia de Ilhéus. (G1)

“Trem da Alegria” segue a todo vapor, de oeste a leste da Bahia

Levantamento realizado pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) constatou que prefeituras e câmara municipais baianas vem abusando de contratações consideradas irregulares de servidores nos últimos anos. Dos 88 processos relacionados a contratação analisados pelo TCM em 2010, 15 foram considerados irregulares. Somente até abril de 2011, dos 62 processos apreciados pelo órgão fiscalizador, 11 receberam o carimbo de “ilegais”.

O Tribunal Contas dos Municípios não divulgou quantos servidores foram empregados nessas seleções. A forma mais comum de acesso nos certames analisados – que foram realizados entre 1992 e 2009 – é através do Regime de Especial de Direito Administrativo (Reda). Os técnicos do TCM dizem que as contratações são realizadas sem adoção de “nenhum mecanismo de avaliação das aptidões de cada servidor para o desempenho das atividades a serem executadas nos contratos”.

Isso significa que cada vez mais os gestores têm descumprido o inciso II do artigo 37 da Constituição, que prevê: “A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público”. Leia mais em A Tarde.

Silvério perde o comando de Camacan e se complica

O major José Silvério de Almeida Neto foi exonerado do comando da 62ª Companhia Independente de Polícia Militar (Camacan) em decreto assinado pelo governador Jaques Wagner. O oficial será substituído pelo também major André Luiz Oliveira Leite.

Silvério caiu após ter sido preso na Operação Esfinge, ontem, junto com outras 16 pessoas, 13 das quais policiais militares e civis. O grupo é acusado de roubo de cargas, formação de quadrilha, extermínio, corrupção e tráfico de drogas, além de amparo ao jogo do bicho em Camacan, no sul da Bahia.

A operação desmantelou a quadrilha e derrubou não só o comando da PM no município, mas também dragou a polícia civil. O delegado Jackson Silva, seis agentes e duas escrivãs foram presos ontem.

A “banda podre” da Civil foi substituída por uma equipe de quatro escrivãos, quatro delegados e 16 investigadores que vão trabalhar em siatema de rodízio enquanto não forem nomeados novos delegados e agentes para o município.

Apenas dois policiais civis não tinham envolvimento com a quadrilha no município, segundo as investigações das corregedorias das políciais Militar e Civil e do Ministério Público estadual. Na PM, além do major, também foram presos dois soldados e um sargento.