ITAPETINGA: AUMENTO DOS PROFESSORES SÓ SAIU NA PRESSÃO
Sem a pressão dos professores, o aumento jamais seria concedido
ITAPETINGA: Para conseguirem o justo e suado aumento salarial, foi preciso que os professores de Itapetinga fizessem paralização e protestos pelas ruas da cidade, forçando o prefeito Zé Carlos a ceder, com a promessa de um aumento de 15,85%, em duas etapas. De março até julho, serão pagos 10%, ficando o diferença de 5,85%, para ser adicionada à folha a partir de agosto.
Entretanto, para que o aumento pudesse vigorar, era necessário o referendo dos vereadores, com a aprovação de um projeto de lei, que encaminhado pelo executivo, em caráter de urgência. Foi aí que a vaca quase torce o rabo, com os ‘bravos’ edis, da própria bancada do prefeito, querendo fazer média com o professorado e transformando o acordo realizado com o prefeito, em uma verdadeira queda de braço.
De um lado, o ex-homem de confiança dos ‘tutores’ do prefeito Zé Carlos, Romildo Teixeira, que tentou pongar no simpático projeto, apresentando uma desnecessária emenda que estenderia os benefícios aos profissionais da educação que estão fora da sala de aula (diretoras, secertárias, etc). Do outro lado, os petistas Marcão Gabriellie e Chico Ferro Velho, que não admitem mais a ‘intromissão’ de Romildo, nos ‘assuntos governamentais’. O resultado foi a obstrução da votação na sessão de quarta-feira, com o projeto não sendo votado, por falta de quórum.
Já na sessão desta quinta, as coisas mudaram de direção, com os vereadores da oposição batendo forte e um grande número de professores fazendo pressão e exigindo a aprovação do projeto, imediatamente. Como a maior parte dos nossos vereadores só decidem no ‘ferrão’, a mesa diretora resolveu realizar duas sessões de uma só vez, aprovando o projeto de lei, sem a emenda oportunista do vereador Romildo, que foi forçado a retirá-la.
Com toda esta celeuma e a má vontade dos vereadores Zécarlistas, de nada adiantou a propaganda oficial, que exalta a “benevolência” do prefeito, na concessão do aumento salarial aos professores. Há quem diga, inclusive, que havia o ‘dedo’ dos tutores de Zé Carlos nesta trapalhada, na tentativa de retardar a aprovação do aumento. Alguém aí tem dúvida disto?
Por DAVI FERRAZ