EXCLUSIVO: A VERDADE SOBRE O EMPRÉSTIMO DA AZALÉIA
ITAPETINGA: Depois a farra demagógica dos oportunistas políticos locais e de outras bandas, todos auto-intitulados de ‘salvadores da pátria’, a verdade sobre o empréstimo concedido à Azaléia, pelo Banco do Nordeste, vêm à tona.
Em um trabalho de reportagem investigativa, o Sudoeste Hoje teve acesso a informações privilegiadas sobre o contrato de financiamento celebrado entre o Banco do Nordeste e a Vulcabrás/Azaléia, cujo teor difere daquele divulgado pelo governo e comemorado pelos petistas, como um grande feito político.
Na verdade, a Azaléia já havia realizado o empréstimo junto ao BNB, desde o início de 2010, no valor de aproximadamente 190 milhões de reais, cuja liberação ocorreria em três parcelas no valor aproximado de 64 milhões, ainda em 2010. A Azaléia já havia conseguido a liberação das duas primeiras parcelas, no ano passado, mas a última não foi liberada naquele exercício nem programada para 2011, por medida interna do BNB.
Após as denúncias da imprensa dando conta das dificuldades da empresa e das mais de 3 mil demissões ocorridas na fábrica em Itapetinga, o governo do estado acabou tomando conhecimento da existência do financiamento em aberto entre o BNB e a Azaléia e conseguiu que o banco reprogramasse para este ano (2011), a liberação da última parcela do antigo empréstimo. Apenas isto, e nada mais.
Entretanto, ao contrário de tudo o que foi divulgado pela propaganda dos pegadores de carona municipais e estaduais, nenhum centavo foi liberado para a Azaléia, que ainda vai ter que correr atrás da liberação do empréstimo.
O prefeito Zé Carlos, que ouviu o ‘galo cantar’, não se sabe onde, tentou tirar proveito político da situação, alardeando que fora ele quem havia conseguido o empréstimo para “salvar” a fábrica, o que é uma grande mentira. O seu intuito, como ele próprio revelou a um interlocutor durante a Audiência Pública em Brasilia, era “detonar” a Azaléia, que ele entendia estar fazendo “terrorismo” para tirar alguma vantagem junto ao governo.
Por DAVI FERRAZ