:: 23/out/2011 . 20:20
ITORORÓ: UMA CIDADE POVOADA DE IDEOGRAMAS CHINESES
Perdoem-me vocês, parcos leitores, pelo tom professoral e, até pela arrogância de meu espólio intelectual, que não passa de meia-dúzias de palavras sacadas, hora de algumas bocas sábias, hora de algum dicionário, esse cão fiel e precioso que tenho em minha estante, tão essencial como a vida, pelo ao menos para mim, que me acho poeta: o chamado “pais dos burros” que consulto sempre que preciso e que, honestamente me incluo e sou um distinto emérito da classe. Cometendo meus pecados gramaticais em meus dramas pretenciosos no que me debruço para escrevê-los, aqui nesta coluna e, lamentando o fato de não poder ter tempo para respirar mais a fundo, a última flor do Lácio, inculta e bela, como designou o poeta parnasiano Olavo Bilac, em sua ode à Língua Portuguesa. E também com o pesar de meus sentimentos às vezes contrariarem a sintaxe e minha dor de querer ser o que gostaria, por não conseguir, cometer perjúrio ao assentar palavras que invariavelmente subvertem a ordem das coisas e de seus significados. Continue reading “ITORORÓ: UMA CIDADE POVOADA DE IDEOGRAMAS CHINESES” »
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