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:: 16/dez/2011 . 23:25

NOTA DA AZALÉIA

A Vulcabras|azaleia comunica o encerramento das operações fabris nas unidades localizadas em Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí, Iguaí e Itati, nesta sexta-feira, 16 de dezembro.

Aos 1.800 colaboradores oferecemos a possibilidade de transferência para as demais unidades fabris da companhia que seguirão em atividade no estado (Itapetinga, Bandeira, Itambé, Macarani, Firmino Alves, Itaia, Itororó, Rio do Meio e Caatiba), e que contam com disponibilidade de capacidade de produção. Também disponibilizaremos transporte diariamente para estas localidades.

Aos que não optarem pela transferência, concederemos uma gratificação financeira de dois salários mínimos, além do pagamento de todas as verbas rescisórias.

Compreendemos a importância da empresa enquanto atividade econômica para estas comunidades, porém esta difícil decisão se faz necessária para a manutenção das condições de operação.

Razões de ordem econômica justificam a decisão:

1.      Baixo volume de produção: as seis filiais têm baixo volume de produção, o que não permite ganhos de escala para melhorar a competitividade. Nessas seis unidades eram produzidos cabedais de calçados esportivos e feito sua montagem final, utilizando componentes da matriz de Itapetinga.

2.      Elevados custos logísticos: as filiais estão distantes da matriz (Itapetinga), o que onera os custos com manutenção de máquinas e equipamentos de informática, custos de conexão de dados e, sobretudo, transportes. Apenas em termos de materiais e produtos acabados, deixaremos de realizar mais de 10 mil km mensais em viagens.

3.      Concorrência de calçados importados: o comportamento da taxa de câmbio amplia a concorrência de calçados importados e nossos produtos têm que disputar o desejo do consumidor brasileiro ao lado de concorrentes cujos custos não evoluem como os nossos. Depois de uma ligeira queda das importações provenientes da China com a imposição da tarifa antidumping contra o referido país, a importação voltou a crescer fortemente, com grandes indícios de fraudes (triangulação_prática  considerada “comércio desleal” na qual importadores optam por enviar produtos a outros países antes de remetê-los ao Brasil, para fugir do pagamento da sobretaxa imposta pelo governo brasileiro), que foram denunciadas pela indústria calçadista ao governo no início do ano. Em 2010, as estatísticas chinesas registraram exportações de 38 milhões de pares para o Brasil, enquanto as estatísticas brasileiras registraram a importação de meros 9 milhões de pares. Até outubro de 2.011, os produtos importados do Vietnam representavam 31% do mercado interno, o que evidencia uma concorrência predatória com os produtos fabricados no Brasil.

A produção total do estado da Bahia não será reduzida. E o complexo de Itapetinga continuará sendo a principal unidade da Vulcabras|azaleia. A Bahia é a grande produtora de componentes para nossos calçados, abastecendo as fábricas do Sergipe (Frei Paulo) e parcialmente a fábrica do Ceará (Horizonte). Além disso, é da Bahia que sai a maioria dos tênis Olympikus, dos chinelos Opanka e uma boa parte dos nossos calçados femininos (Azaleia e Dijean).

Investimos, nos últimos quatro anos, R$ 207 milhões nas fábricas da Bahia, sendo grande parte em segurança do trabalho, o que resultou recentemente na marca de acidente zero no complexo de Itapetinga.

Vale ressaltar que esta decisão não tem relação com a abertura da unidade fabril na Índia, que ainda está sendo viabilizada.

Milton Cardoso

Presidente da Vulcabras|azaleia



AZALÉIA FOI “TRAÍRA”

Toda aquela propaganda do Governo do Estado e da Prefeitura de Itapetinga sobre a liberação de 64 milhões de reais para “salvar a Azaléia” não passou de uma grande farsa, desmascarada pelos últimos acontecimentos. Atordoado com a péssima notícia do fechamento de seis filiais da fábrica na região, foi o próprio deputado Rosemberg Pinto que confessou, ao vivo, no programa de Piolho, na Rádio Jornal, que ele e o governo foram pegos de surpresa e que a Azaléia havia “traído” o acordo que fez com o governo. Quanto ao empréstimo de 64 milhões, nenhum centavo foi ainda liberado. Lembram que eu avisei que tudo não passava de uma grande farsa? Agora, deputado, a Inêz é morta e não adianta mais chorar.

ITORORÓ: ADROALDO CORRE ATRÁS DO PREJUÍZO DA AZALÉIA

Os “salvadores da Azaléia” correm atrás do prejuízo
ITORORÓ: Através de nota divulgada pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Itororó, no final da tarde desta sexta-feira, o prefeito Adroaldo Almeida informa que em atenção aos funcionários demitidos pela Azaléia no distrito de Itatí e a pedido de alguns prefeitos de cidades atingidas pela drástica medida adotada pela indústria calçadista, agendou audiência com o Secretário de Relações Institucionais do Governo da Bahia, para “brigar pela permanência da fábrica nos municípios”.
Vejam a nota, na integra:
“Nesta sexta feira (16), os trabalhadores da Vulcabraz/Azaleia do Distrito de Itati (Itororó) e dos municípios de Itarantim, Ibicuí, Iguaí, Maiquinique e Potiraguá foram surpreendidos com a notícia de que a empresa iria fechar as fábricas das respectivas cidades, deixando assim milhares de pessoas desempregadas e desamparadas.

Assustados e surpresos, três prefeitos dessas cidades ligaram imediatamente para o Prefeito de Itororó Adroaldo Almeida, para que ele articulasse uma reunião com o Secretário de Relações Institucionais do governo da Bahia, Cesar Lisboa. Atendendo ao pedido desses prefeitos e de vários trabalhadores da Azaleia de Itati, Adroaldo conseguiu marcar uma audiência com o Secretário na próxima segunda-feira (19).

“Vamos brigar pela permanência da Azaleia não só em Itati, mas em todos esses municípios vizinhos que precisa da empresa para atender mais de 4 mil trabalhadores”, disse Adroaldo.”
Será que resolve alguma coisa ou é só descarrego de consciência?
Da REDAÇÃO

IGUAÍ: FUNCIONÁRIOS CHORAM COM O FECHAMENTO DO GALPÃO DA AZALÉIA

"Ganhei um presente de Natal da Azaléia: uma demissão", Elina Benedictis, ex-operária calçadista.

IGUAÍ: Hoje a empresa calçadista Vulcabrás/Azaleía fechou seis filiais na região, totalizando mais de 10% dos funcionários em todo estado. Muitos deixaram as filiais chorando pela falta de perspectiva de emprego no curto prazo.

Em Iguaí-BA, a 497 km de Salvador, os funcionários da Azaléia foram surpreendidos com notícia de demissão ou transferência para matriz, em Itapetinga, com transporte pago pela empresa. Porém, mesmo com a opção de transferência para Itapetinga, muitos choram compulsivamente.

“Não posso ficar indo de Iguaí para Itapetinga são quatro horas de viagem. Duas para ir, duas para voltar e mais oito horas de trabalho! Como vou cuidar das minhas filhas com uma jornada de 12 horas dedicadas somente ao serviço?” – desabafou Fernanda, ex-operária calçadista.
O principal medo de quem tem inclinação em aceitar a transferência para Itapetinga é de acontecer o mesmo que ocorreu no Rio Grande do Sul. A empresa alegou que as fabricas fechadas no RS eram a de menor produção e maior custo, por isso foram escolhidas para o fechamento.
Um outro medo dos trabalhadores daquela empresa seria que com a transferência para Itapetinga os funcionários poderiam perder direitos ao Azaléia pedir falência. “Meu marido não vai pra Itapetinga. Ele acha que lá vai fechar também e se lá decretar falência não vai pagar ninguém” – disse Maria Cardoso esposa de ex-funcionário da Vulcabrás.
Em clima de decepção, frustação e desgosto ouvia-se muitas reclamações dos governos federal, estadual e municipal. “Meu sentimento é desolação e decepção com o governo municipal de Iguaí e estadual. Minha vida está aqui como as dos meus colegas e ninguém faz nada!”, afirmou Carlos Silva, que trabalhava a empresa há mais de 3 anos, é casado e tem dois filhos.
Em comunicado para imprensa a decisão foi tomada baseada em estudo econômico para a redução de custos com consequência na elevação da concorrência interna, especialmente com os produtos importados.
Blog Veja Iguaí

ITAPETINGA URGENTE! AZALÉIA FECHA FILIAIS E AMEAÇA FECHAR FÁBRICA

Azaléia demite em massa,  fecha filiais e ameaça ir embora da região

ITAPETINGA: Apesar dos esforços da Procuradoria Regional do Trabalho, que notificou a Azaléia, pedindo explicações a respeito das últimas demissões, hoje  em torno de 1,8 mil, a empresa continua demitindo e fechando filiais em toda a região. Segundo informações da própria Azaléia, seis filiais (Ibicuí, Iguaí, Itati, Itarantim, Potiraguá e Maiquinique) serão fechadas e a permanência da industria na região é incerta.

Em Itatí, distrito de Itororó, Ibicuí, Iguaí, Potiraguá, Itarantim e Maiquinique, a empresa comunicou a todos os funcionários sobre o fechamento dos galpões daquelas localidades, o que decreta um enorme prejuízo ao setor comercial dessas localidades, dependentes que são dos empregos gerados pela fábrica.

A atitude da Azaléia, demitindo em massa e fechando as suas filiais em toda a região, expõe a fragilidade política dos prefeitos, deputados e do próprio Governo do Estado, que assistem surpresos, inertes e impotentes, o caos econômico da região, causado pela desativação gradual da única indústria de peso do Sudoeste do Estado.

Está na hora dos prefeitos petistas de Itapetinga e de Itororó, juntamente com os seus deputados que arrotam grandeza e prestígio junto aos governos do Estado e da União, mostrarem, na prática, esse alardeado ‘prestígio’. Espera-se que o prefeito Zé Carlos não venha, de novo, com aquela desculpa de que tudo não passa de “tempestade em copo d’água” ou “terrorismo dos blogs”. Agora, não cola mais.

VIROU NOTÍCIA NACIONAL

A notícia da saída da Vulcabrás/Azaléia de várias cidades da região já ganhou o noticiário nacional. Olha só o que diz a coluna Radar, na Veja On-Line, assinada por Lauro Jardim:

“A Vulcabras/Azaleia decidiu fazer uma espécie de strike em parte de suas fábricas baianas. Decidiu fechar seis de uma só tacada nas cidades de de Ibicuí, Iguaí, Itati, Itarantim, Potiraguá e Maiquinique. Recentemente, a Vulcabras abriu uma fábrica de calçados na Índia”.

Por DAVI FERRAZ


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