Homens fantasiados de mulher no bloco "As Muquiranas", em Salvador (BA)

 

SALVADOR: Pivôs de uma crise que gerou uma onda de violência em Salvador, policiais militares baianos extravasaram a tensão da greve vestidos de mulher, ao som de pagode.

“Esse é um ano que começou difícil, mas no Carnaval a gente relaxa um pouco. Amanhã estou de plantão e volto a trabalhar”, disse o PM Radson dos Santos, 43.

Vestido de Cleópatra, a fantasia do tradicional bloco “As Muquiranas”, Santos usava uma peruca branca –seu toque pessoal ao microvestido preto e dourado que uniformizava os cerca de 3.000 foliões do grupo.

O bloco, um dos mais irreverentes do Carnaval soteropolitano, existe desde 1966. Em anos anteriores, os foliões saíram de gueixa, de Emília do “Sítio do Pica-Pau Amarelo” ou de Minnie, a namorada do Mickey Mouse, de Walt Disney.

“Não é pão e circo. Não é porque o Carnaval começou que acabaram nossos problemas. É só um momento de extravasar que acontece uma vez por ano”, disse o PM Murilo Rocha, 34.

Na tarde de hoje, “As Muquiranas” percorreram o circuito do Campo Grande, o mais tradicional da folia baiana, atrás do trio elétrico comandado pelo grupo de pagode Psirico.

Folha

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