“AFRONTAMOS A LEI EM NOME DO POVO”: É ASSIM QUE PENSAM OS CORONÉIS DA POLÍTICA ITORORÓ
Por Milton Marinho
ITORORÓ: O tal “casamento” de Marco Brito com Edneu de que todos em Itororó e região falaram, agora, parece que aconteceu mesmo. O que parecia não ter sido uma união estável, sem cartório e sem igreja, “na totonha” como diziam os antigos. Na “totonha” quer dizer na polícia. Na polícia, talvez nesse específico caso em função de ambos estarem com problemas na justiça, (perdoe a ironia com fundo de verdade). Bom, parecia uma união, porque os dois não se apresentavam em público como conjugues recentes enlaçados pelo matrimônio, e que não estava dando liga porque apesar de nubentes, um dormia no quarto e o outro no sofá, isso desde o dia em que foram anunciados como tal.
Rio do Meio atestou o veredito do casamento. Agora é pra valer. Depois do litígio político-econômico, sem brigas na justiça, as partes (Edneu e Marco) fizeram as pazes no fórum dos interesses comuns e financeiros, sob a carapuça de defender o povo de seus inimigos, inclusive do “próprio si” como dizia Zé Baixinho do Bandeira, em suas inspiradoras falas de tempos atrás e tempos atrozes quando fora candidato pelo município de Itapetinga. O financeiro, de que são representantes, tanto Marco quanto Edneu foi o que os trouxe para essa união. CONTINUE LENDO…
Não pode existir outro motivo, pois, foi este que os consagrou em suas carreiras “solo” depois daquele primeiro ensaio do final da década de oitenta. Daí, os dois brigaram e eles tiveram distante um do outro por mais de 20 anos, mas eis que o destino, graças à engenharia política do atual prefeito que conseguiu esta proeza que, investindo pesado nessa união, logo, conseguiu aproximar em laços matrimoniais e patrimoniais com direito a lírios, begônias, floristas, madrinhas, padrinhos, damas de honra, porta alianças e um séquito de convidados para a grande festa daqueles que estavam fadados a não mais retornarem a política de Itororó.
A noite de núpcias desse enlace foi consumada neste sábado. A recepção apoteótica se deu no histórico palco pequeno, porém tinhoso no que concerne às decisões políticas de um colégio eleitoral de disputas acirradas, o Rio do Meio. Sob o fogo cerrado de uma milícia eleitoreira, capitaneada há alguns dias pelo prefeito Adroaldo no mesmo distrito e que abriu a temporada de caça ao voto desde o seu primeiro dia de governo, inflamando e gangrenando os membros da política de Itororó com seu modo nada franciscano ou católico de operar.
Dessa vez, o selo da união que parecia não vingar, vingou. Edneu e Marco deitaram e rolaram naquele palco, em luz e brilho, confetes e serpentinas. Espocaram garrafas de jurubeba e álcool desdobrado ao som de alto-falantes com seus decibéis acima do permitido por lei. Junto ao som, uma saraivada de fogos de artifícios. Tudo isso bancado pelo governo do PT, que pelo jeito está doidinho para entregar a incansável galinha dos ovos de ouro, a prefeitura, aos grupos que lhe antecederam e, em parte por seus seguidores fieis, nem tanto fiéis assim. Mais fieis ao dinheiro do que as propostas.
Minhas fontes fizeram um relato deste encontro político no Rio do Meio ou deste sacramentado comício quase profano, tanto pela união como pelo delito que cometeram, pisoteando as leis, queimando-as nas nossas caras, dando sequência, assim ao que veremos no decorrer da campanha, principalmente a partir de 6 de julho quando a justiça der o tiro de largada para esses atletas de carreira do poder público, atletas de carreira porque se profissionalizaram em se apossarem do dinheiro público e também atletas de carreira por dispararem quilômetros de distância correndo da justiça que os condenaram, mas que não consegue pegá-los. A prova menor dos delitos são estes comícios fora de época, e isso é “fichinha” em matéria de crimes eleitorais. Praticado pela força da grana que ergue castelos e mais castelos de mentiras no intuito de enganar o povo que culturalmente foram treinados para invertem princípios: A mentira repetida vira verdade e a verdade vira mentira e o povo, em sua maioria dança nessa história. Olha que nós temos um Edneu sem condições de disputar as eleições, com 90% de seus líderes comprados por Adroaldo, sem a rádio Itapuy tomada pelo prefeito e totalmente na dele. Junto a um Marco Brito sem dinheiro, ausente e sem poder, apesar de ter um irmão deputado que pouco liga para Itororó. Pelo jeito, das cinzas dessa desunião de mais de 20 anos renasce um grupo financeiramente forte, apesar da crise assimilada pelos dois que fora da prefeitura se tornam fracos, composto pelo povo iludido e pelo mito de seus nomes tradicionais na política local, um pouco do grupo que restou dos dois, pois as lideranças de Edneu e algumas de Marco foram parar no ninho do PT, e o próprio encontro do Rio do Meio prova que o PT do prefeito segurou “os cabeças”, mas não conseguiu conter seus liderados. Vemos um prefeito nesse momento, assombrado e num mato sem cachorro, a frente de um governo que não tem compreendido a força das origens de seu partido, ou pelo menos de sua proposta.
O PT que governa para a elite começa a padecer do veneno inoculado nas artérias do “próprio si” e é esse PT que nós temos visto semear a miséria e a discórdia social e ao mesmo tempo, tem passo a passo promovido a união de Marco e Edneu, Adroaldo já se sente acuado pelo leão e pelo jacaré, talvez só molhando o galo e afiando suas esporas não vá reverter o quadro dessa união, desmantelá-la depois de construída vai ficar difícil, justamente pelos motivos e pelo patrocínio do prefeito com sua forma nada socialista de fazer a política que prometeu. Para fazer o que Adroaldo faz, Marco Brito e Edneu são infinitamente mais competentes gerando miséria e distorção social. Talvez a briga seja esta realmete: Adroaldo, Marco e Edneu querem provar para todos nós quem dentre eles pode ser aquele que vai ganhar o prêmio de pior prefeito de todos os tempos. O prefeito com certeza vai dar o troco em manifestação ou comício semelhante logo em seguida, pressionando seu “seu povo” para as ruas, mostrando sua força, atacando seus inimigos com todas as armas, utilizando como terapia motivacional o leite minguado das tetas do governo, no velho e corrupto estilo de se fazer a política dos coronéis de cidades como Itororó. O comício de Rio do Meio de Marco e Edneu “bombou de gente”, e isso reflete outra etapa da politica que começou cedo demais para os fora da lei e tarde demais para a justiça que nunca chega para puni-los. O PSOL, O PV e o PT do B, partidos que respeitam a lei é que estão sendo punidos, justamente por respeitá-la. Os demais utilizam do dinheiro público para infringi-la, isto é, tanto o governo está gastando agora o dinheiro do povo como Edneu e Marco já estão gastando por conta do dinheiro que virá quando eles entrarem. Se entrarem. É uma disputa financeira com um único objetivo: Acabar com a cidade. Se o povo for sabido e ouvir dentro dele a voz de Deus, dessa vez vai votar certo contra todos que fazem do crime a lei em nossa cidade. Enfim, tanto o “casamento” quanto o sucesso do comício de Edneu e Marco no Rio do Meio foram patrocinados pela política do prefeito Adroaldo. A justiça passou a vigiá-los de longe, talvez esperando a hora de dar o pulo do gato e pegar de uma vez por todas, todos os infelizes, felizes por zombarem da lei. Pois a maioria dos candidatos que desejam serem nossos prefeitos, no fundo nos enganam, e como líderes nos abandonam ao dar preferência às páginas negativas dos jornais, às pilhas de processos nos tribunais e vez ou outra às vagas nas carceragens do estado. Aguardemos, pois.
Milton Marinho