Na semana passada, disse aqui sobre a voracidade dos empresários que defendem o excomungado e falido capitalismo como sistema de melhorias no mundo, apesar de todos os dias, nos dá exemplo de que em todo o planeta ele amplia a desigualdade social e dizima sociedades inteiras, deixando como legado para a humanidade um rastro de miséria na história das sociedades. Um leitor incauto perguntou-me se eu vivo em outro planeta, eu digo que sim, de vez em quando passo aqui para saber como estão as coisas, e lá no nosso planeta as coisas são diferentes. O planeta terra vai se acabar em alguns anos por obra e graça do capitalismo criminoso das indústrias e seus algozes que não torna a casa onde moram os “humanoides” um lar mais humano para todos.

Os “humanoides chefes” em busca de mais e mais riquezas exploram a natureza ao ponto de vê-la chorar lágrimas de sangue, fazendo-nos vir, a olhos nus, que a camada de ozônio, com sua asa de mãe protetora que nos agasalha desde a fundação do mundo, e está mais depenada ou mais furada que tábua de pirulito, com certeza pelos mesmos empresários que geram desenvolvimento em regiões pobres como a nossa, mas que não largam mão de poluir o ar que, de extrair da terra o melhor que a terra pode dar sem se preocupar em trabalhá-la de forma sustentável, de modo que ela sempre retorne a ser a terra mãe das próximas gerações, nem de es escravizar os trabalhadores irmãos nossos dessa mesma região.

Quem disse que a Azaleia não gera desenvolvimento? Gera sim. Mas junto com ele, depois de cinco ou dez anos de trabalho prestado a esta ou àquela empresa do mesmo porte, o trabalhador, que em sua maioria é composta de mulheres, que quando sai dali, leva além de sua parca indenização, injustificável pelo tempo, não só de trabalho dedicado, mais de vida devotada à empresa, leva também como prêmio maior um caminhão cheio de doenças, onde estes trabalhadores, vão peregrinar e exibir como troféus pelas clínicas e hospitais desassistidos do nosso país, estes prêmios estes que vão lhe acompanhar pelo resto da vida. É o preço que várias gerações de trabalhadores vão pagar pelo desenvolvimento de uma região. Faz-se necessário amigo, olhar a vida aí no seu planeta terra com este olho. Talvez seja melhor dá uma passadinha por aqui no meu planeta mental chamado Igualdade Sempre. Precisamos saber realmente porque a Azaleia quer fechar aqui na região.

Será que a Azaleia obteve lucros em nossa região desde sua instalação até aqui? Se não obteve, então quem lucrou com isso até agora? Trabalhadores dedicados esgotaram suas vidas em quase duas gerações no pé da obra, entre máquinas velozes e furiosas, sentando a pua, furando couro e encaixotando dólares para os cofres de alguém, menos para os trabalhadores, que desde a revolução industrial que trocam seis por meia dúzia, isto é, suas vidas sofredoras no batente, dando duro pelo mísero salário pago pelos empresários, que mal dar para assegurar suas próprias vidas em busca de uma velhice tranquila. Não, não podem eles, saírem assim, sem uma justa causa, não. Quando eles vieram e aportaram aqui, vieram por uma causa justa: Gerar emprego e desenvolvimento regional, até porque continuam eles, obtendo lucros com os nossos trabalhadores e estes, via sindicato ou governo, se não melhorar a relação patrão/empregados, vão continuar gerando riqueza para poucos e miséria para os demais.

A Vulcabrasǀazaleia (BM&F Bovespa: VULC 3, é uma empresa brasileira de calçados, de capital berto. Com sede em Jundiaí no interior do estado de São Paulo, constitui-se na maior companhia no país do setor de calçados esportivos, femininos e confecções esportivas, contando, entre outras, com as marcas Azaleia, AZ, Dijean, Funny, Opanka, OLK, Olympikus, Reebok e Botas Vulcabras. Possui cinco fábricas: quatro no Brasil e uma na Argentina e mais de 35 mil colaboradores, no país e no exterior.

O governo nosso é uma flor fedorenta. Remédio de difícil ingestão, purgante que criamos e tomamos com os dedos tampando o nariz. Arrrgggg! Governo este, que pouco importa em solucionar os problemas da maioria. Só ele tem a receita para os nossos males. Todos nós sofreremos com o fechamento da Azaleia, sim, apesar de sabermos que ela não é flor que se cheire. Ruim com ela pior sem ela.

Enquanto isso, a massa trabalhadora continuará sendo esmagada sem piedade, pelos dois rolos compressores da história: Governo e empresário, estes, que deviam ser tão necessários e são tão maus. O que chamamos de males necessários, são mais males que necessários, diferentes dos males que vêm para o bem.

Até mais, terráqueos, fui.

Milton Marinho