Rosemberg Pinto rebate cobranças de Sandro Régis no caso Azaléia

Depois que a Azaleia fechou 12 fábricas, Rosemberg fala sobre soluções

 

O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) rebateu, em entrevista ao Bahia Notícias, a cobrança feita pelo líder do bloco do PR/PSDB na Assembleia Legislativa, Sandro Régis, que afirmou que o petista deveria intervir na questão do fechamento da Vulcabras/Azaleia. “Eu estava presidindo a seção e respondi no mesmo momento. Estamos tratando do assunto há um ano. No primeiro momento fizemos uma intervenção junto ao governo federal e [a presidente] Dilma [Rousseff] criou um mecanismo para proteger a vinda de produtos da China e o governo do Estado criou uma medida de ampliar o abatimento dos impostos em 99%, a anistia de ICMS. O máximo que o governo pode fazer para evitar prejuízo e não gerar desemprego”, argumentou o parlamentar. Rosemberg explicou que a crise vivida pela empresa foi gerada pela forte presença de produtos importados da China, que custam mais barato. A prática, conhecida como dumping, gera uma concorrência desleal. “A China colocou produtos no Brasil através do Taiwan e Indonésia, o que gerou uma crise lenta. Wagner fez uma reunião com o ministro Guido Mantega para achar uma solução”, lembrou. O deputado informou que na sexta-feira (7) haverá uma grande manifestação no sul baiano, que contará com a presença do governador, de deputados, prefeitos da região afetada pelo fechamento das fábricas e dos próprios trabalhadores da Azaleia. “Até chamei Sandro para ir comigo. O evento é no sentido de sensibilizar o governo federal para ajudar a não ter competição de forma desleal, para que a empresa possa rever a situação”, afirmou. Rosemberg diz que “todas as medidas estão sendo tomadas” e que tem cobrado uma solução mais enérgica da líder da República, que, em sua opinião, “não está atuando da forma que deveria” para sanar a questão. “Me sinto à vontade porque ela é minha presidente, votei nela, então tenho direito de cobrar. Eu disse inclusive no plenário hoje que o governo federal tem que intervir. Se fosse na Ford, já estariam mandando ministro. Então, por que não na minha região, que é tão sofrida?”, indagou o parlamentar. O fechamento de 12 unidades da indústria calçadista já gerou cerca de 4 mil demissões no interior do estado.BN

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