NATAL SEM DÉCIMO TERCEIRO É…
ITAPETINGA: A gastança desenfreada e sem limites na reeleição do prefeito Zé Carlos acabou gerando um situação complicadíssima para a prefeitura de Itapetinga, cujos reflexos vieram à tona neste final de ano. O principal deles é a falta de recursos para pagamento do décimo terceiro salário do funcionalismo, sem contar com o atraso salarial de terceirizados e nomeados, que choram pelos cantos, o tardio arrependimento.
No caso dos mais de 200 terceirizados da SERCOM, por exemplo, a situação é insolúvel, pois a dívida da prefeitura com a empresa já ultrapassa a estratosférica cifra de R$ 1 milhão e 700 mil reais e a prefeitura não tem nenhum tostão nos cofres, para honrar com os pagamentos. A grana já evaporou, faz tempo. Por conta disto, três meses de salários dos famosos contratados já foram para o espaço e ninguém tem, sequer, o direito de ‘chiar’, senão pode ficar fora de futuras contratações.
Às turras com o pessoal da prefeitura, o proprietário da Sercom vive momentos de desespero, pois terá que arcar com todo o prejuízo, caso não receba os repasses contratados com o município. Comenta-se que o cara já sofreu dois infartos, por conta disto. Mesmo não honrando o contrato com a Sercom, dirigentes municipais têm orientado os terceirizados a reclamar contra a empresa na Justiça do Trabalho.
Quanto aos servidores de livre nomeação do prefeito, os chamados ‘cargos de confiança’, também não têm visto a cor dos seus gordos salários há meses, mas há quem afirme que a ‘cúpula’ dominante recebe tudo em dia, turbinado por generosas comissões, como sempre aconteceu. Estes também têm que engolir tudo à seco, para garantirem seus empregos.
A situação mais curiosa é a dos servidores ligados à Secretaria de Educação, considerada a ‘joia da coroa’, que também estão amargando a falta do décimo terceiro salário de 2012, enquanto seus superiores detonam boa parte dos recursos destinados à educação em solenidades para receber ‘honrarias’ Brasil afora, propagando uma falsa imagem de sucesso nos índices educacionais e ‘eficiência’ na caótica e incompetente gestão, às custas da desgraça alheia.
No meio do burburinho, os ‘apelegados’ sindicalistas ligados aos servidores da educação cruzam os braços, enquanto os dirigentes do Sinditatiba se degladiam para ver quem mais meteu a mão nas contribuições sindicais pagas pelos servidores, e por aí vai…
Quem disse que o mundo não acabou?
Por Davi Ferraz