CAMAMU: EX-PREFEITO CULPA DEPUTADOS DO PT PELA DECADÊNCIA DA CIDADE
Ex-prefeito Zequinha elegeu a irmã Emiliana
Bocão News
Após conseguir eleger a irmã Emiliana (PP) como prefeita da cidade de Camamu na eleição complementar ocorrida no último domingo (3), o ex-prefeito Zequinha da Mata comemorava o resultado ao mesmo tempo em que fazia uma análise do pleito. Para ele, a vitória da irmã na cidade significava a derrota do PT estadual e que o estado de semi-abandono da cidade pode ser creditado ao deputado estadual Rosemberg Pinto e ao federal Geraldo Simões.
Pinto e Simões estavam em Camamu tentando eleger Luiz da Luz (PSB) prefeito. O socialista foi o candidato petista na cidade, em substituição à ex-prefeita Ioná Queiroz, declarada inelegível pela Justiça Eleitoral. Zequinha afirma que o aspecto de destruição e a falência de serviços públicos no município são de responsabilidade da falta de compromisso de Ioná e que a responsabilidade dos deputados, que influenciam a política na região, é a de conivência com o que chamou de “pessoas que têm interesses pessoais e financeiros”.
“Ioná afundou Camamu junto com Rosemberg e Geraldo Simões. Tudo o que se vê hoje na cidade é culpa da incompetência do PT e também de uma pessoa que em todo o momento só quis fazer o mal (Ioná)”, dissertou. O ex-prefeito atestou que o motivo para que a petista supostamente se esforçasse para prejudicar a cidade é o caráter familiar que compartilha. “Eu dei a ela o primeiro trabalho dela, na Amubs (Associação dos Municípios do Baixo Sul) e também dei à mãe dela em uma escola estadual e um ao irmão. Mas eles nunca estão satisfeitos. Eu ajudo as pessoas com estrutura, mas nunca ajudo com dinheiro”.
Emiliana terminou o pleito eleita com cerca de 48% dos votos. Luiz Da Luz, segundo colocado, ficou com cerca de 40%. A nova prefeita já tinha sido eleita em outubro último, mas com a impugnação de duas candidaturas, mais de 50% dos votos na cidade foram declarados nulos e foi necessário fazer uma nova eleição. A campanha de um mês, porém, foi marcada por uma série de denúncias de compra de votos por parte de diversos candidatos. Entrevistados pela reportagem, todos afirmaram não praticar nenhuma fraude e fazer campanhas sem dinheiro e com apoio maciço de voluntários.