:: 1/abr/2013 . 22:18

A presidente Dilma Rousseff chamou o presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), de última hora, para avisar que escolheu o ex-senador César Borges (BA) para ser o novo ministro dos Transportes. No Senado, César Borges foi responsável pela relatoria do Estatuto do Desarmamento e presidiu a Comissão Mista do Saneamento. Entre os projetos que se tornaram lei, estão a proposta que permite a atuação das Forças Armadas no combate ao crime organizado e a Lei que possibilita o divórcio e o inventário diretamente em cartório. A origem política do novo ministro foi o carlismo: na Bahia, cerrou fileiras como fiel escudeiro do falecido senador Antônio Carlos Magalhães, por cujas mãos acabaria governando o Estado. Ele vinha exercendo uma vice-presidência do Banco do Brasil, também por indicação do seu partido.

A tradição do São João em Itapetinga corre o risco de ser quebrada

Depois de perder as rédeas da administração e colocar o município no buraco mais profundo da sua história, o prefeito Zé Carlos resolveu ‘assumir’ de fato o seu mandato, para salvar o próprio pescoço da degola. Arrotando autoridade, Zé mandou para o ‘paredão’ o próprio irmão, comandante em chefe de um lucrativo esquema de contratação de empresas usurpadoras de dinheiro público, que foi eliminado juntamente com outros homens de sua ‘inteira confiança’, que também caíram na desgraça do ‘ingênuo e traído’ alcaide.

Depois disto, Zé Carlos adotou como estratégia a ‘filosofia da tesoura’, cortando as despesas que julga desnecessárias, sem pena, nem dó. Acertou em algumas providências, como no corte das famosas gratificações salariais de até 130%, uma aberração por ele mesmo instituída, mas errou muito mais ao frouxar e permitir o nepotismo arrasador do seu vice, a locação de veículos a preços elevados em mãos de pessoas da própria prefeitura, gastos exagerados de secretários com diárias e passagens aéreas, despesas que superam em muito os cortes realizados.

Agora, para completar a desgraceira, chega a informação (não oficial) de que o nobre gestor municipal pretende cancelar a tradicional festa de São João, por falta de recursos, ajuda institucional e patrocínios para bancar as despesas da festa. Se não tem mesmo dinheiro, não há como fazer sem endividar ainda mais a falida prefeitura, mas é preciso ponderar e fazer um esforço extraordinário, para que a linda tradição junina não seja quebrada.

Excepcionalmente, não vou fazer nenhum juízo de valor sobre o caso, mas lanço aqui um desafio para que o prefeito e sua equipe abram mão das inúmeras vantagens que desfrutam às custas do erário e invistam na festa de São João, podendo também utilizar da sua propalada ‘criatividade’ na aplicação das verbas, além do ‘prestigio’ que dizem possuir junto aos órgãos de governo, para conseguir as verbas necessárias e realizar uma grande festa de São João.

Por Davi Ferraz