GOVERNO ANUNCIA INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM DO CATOLÉ
Foto Blog do Anderson
Conquista vai ter água do Catolé, e Itapetinga, quem garante?
CONQUISTA/ITAPETINGA: Diante da estiagem prolongada e da perspectiva de Vitória da Conquista vir a ficar literalmente sem água potável, o presidente do Comitê Estadual para Ações de Convivência com a Seca, o Chefe da Casa Civil do Governo do Estado e provável candidato a governador, Rui Costa, descartou essas possibilidades e anunciou nesta sexta-feira, o início da construção da barragem do Catolé, no município de Barra do Choça, que deverá amenizar, por algum tempo, o problema do abastecimento de água na capital do Sudoeste.
Segundo Rui Costa, duas ações deverão ocorrer, sendo uma emergencial, no prazo de 6 meses e outra mais duradoura, com a construção definitiva da barragem, que custará ao governo federal cerca de R$ 96 milhões e beneficiará 463 mil pessoas de Conquista, Belo Campo e outras cidades vizinhas.
É indiscutível a importância dessa obra para Vitória da Conquista, mas a sua concretização pode trazer consequências inimagináveis para Itapetinga e Caatiba, que já utilizam a água do Catolé desde que surgiram como vilas e depois se transformaram em cidades, tendo em vista que o rio já vem sofrendo um processo de diminuição das suas águas, devido ao desmatamento das suas margens e assoreamento do seu leito.
O Sudoeste Hoje vem levantando essa questão, solitariamente, há cerca de 2 anos e a população de Itapetinga vive na triste expectativa se será ou não prejudicada, depois da construção da barragem em Conquista. Apesar de uma tímida mobilização em alguns setores da sociedade, nossos políticos, incluindo o prefeito e deputados da região, se mantêm calados, como que hipnotizados, à espera do caos que poderá se instalar em Itapetinga, caso a vazão do Rio Catolé diminua com a construção da barragem.
A sociedade precisa de uma resposta definitiva à seguinte pergunta: AFINAL, VAMOS OU NÃO TER PROBLEMAS COM O ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM ITAPETINGA, DEPOIS DA BARRAGEM?
Com a palavra o Governo do Estado e os nossos representantes políticos.
Por Davi Ferraz