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O maestro e instrumentista João Omar se apresentou no último sábado (25), no espaço mais badalado de Itapetinga, o Restaurante Santa Ceia, localizado no Pier do Parque Poliesportivo da Lagoa. O maestro se apresentou no espaço a convite do proprietário Milton Marinho.

Nascido numa família de músicos – o maestro João Omar é filho de Elomar Figueira Mello e primo de Eugenio Avelino (Xangai) – o maestro João Omar cresceu entre instrumentos e cantorias. “Via meu pai tocando. Vários artistas passavam por nossa casa e eu assistindo àquilo tudo! Luiz Gonzaga toda vez que passava por Vitória da Conquista, ia à nossa casa. Chegava lá com sua sanfona, tocando, era uma festa, e eu ficava lá olhando…”

A mãe, Dona Adalmária, percebendo a inclinação do filho para música, matriculou-o no conservatório  junto com os irmãos João Ernesto e Rosa Duprado. O futuro músico não se adaptou aos métodos antiquados que o conservatório musical de Vitória da Conquista praticava naquela época. Ele queria um método vivo, algo que sintetizasse a melhor teoria com a prática inovadora. Não o encontrando, João Omar flertou com a arquitetura.

Em 1986 definiu-se definitivamente pela música, prestando vestibular para regência na Universidade Federal da Bahia. Na mesma universidade, cursou a pós-graduação, recebendo o título de mestre com a defesa da dissertação: “Variações motívicas como princípio formativo: uma análise fraseológica da peça Dança do Ferrão do compositor Elomar Figueira Mello”.

O jovem maestro João Omar é bastante cioso do seu trabalho e muito ligado às raízes culturais da vida “sertaneza”. Parece introvertido mas, vencida a cerimônia das apresentações, mostra-se um proseador de mão cheia, como todo bom sertanejo.

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