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Marcha para Jesus perde 40% de participantes, segundo Datafolha

 

Não é surpreendente que caia em 40%, como dizem as pesquisas, a participação popular na “Marcha para Jesus”, que se realiza regularmente em São Paulo.

A dedicação à vida religiosa não significa necessariamente fé, como está expresso na Bíblia, quando diz que a verdadeira oração está no coração, e não na falsa fisionomia compungida dos que sentam nas primeiras filas dos templos.

Acreditar em um Deus, nos primórdios da humanidade, não era apenas um caminho para buscar entender a própria existência, mas, à medida que a religião adquiria caráter de elemento de controle social, também uma obrigação da qual, muitas vezes, dependia a sobrevivência.

Erigidas à condição de matrizes de poder político e econômico, as novas igrejas, interessadas na incorporação de fiéis, passaram da pregação da salvação da alma à defesa do progresso material e dos prazeres terrenos que isso propicia, incluídos, naturalmente, embora não de forma explícita, os da carne.

A questão é que os anos passam e, para a maioria, os resultados não chegam. Como as circunstâncias espirituais não têm lá grande peso nesse tipo de relacionamento, as pessoas cansam de esperar.

É algo semelhante ao que já ocorreu, há muito tempo, com os partidos políticos. No caso das grandes procissões evangélicas, a queda de frequência é proporcional à frustração causada pela falta de interferência celestial mais incisiva na vida de cada um.

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