Rio – Incendiada há menos de uma semana, a pousada do AfroReggae, no Complexo do Alemão, na Zona Norte, amanheceu fechada neste sábado. Segundo José Júnior, coordenador do grupo, a sede não será mais reaberta. Ele explicou, durante entrevista coletiva neste sábado, que houve ameaças de traficantes a integrantes da ONG. “Veio uma determinação para fechar o AfroReggae. Se isso não acontecesse, haveria morte, iriam explodir o prédio e matar as pessoas”, disse.

De acordo com José Júnior acusou o pastor Marcos Pereira — líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, preso por estupro e suspeito de homicídio — está por trás dos crimes. Além da pousada do AfroReggae, a redação do jornal “Voz da Comunidade” também foi incendiada na ocasião. “Ele é um psicopata, pedófilo, principal mente criminosa do Rio de Janeiro”, criticou.

Um homem que teve 30% do corpo queimado foi indiciado por incêndio criminoso e está sob custódia no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, em estado grave. Wagner Moraes da Silva, de 20 anos, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros.

Além de queimado, ele foi cortado por estilhaços de vidro. Wagner alegou que é morador e que estava tentando conter as chamas, mas a polícia o considerou um dos suspeitos do crime.

Uma ação criminosa é a principal linha de investigação, já que aparelhos eletrônicos foram roubados e havia forte cheiro de gasolina no local. A perícia encontrou uma lata de solvente e sinais de arrombamento. Havia três focos de incêndio. A polícia duvida que Wagner tenha agido sozinho.