O início da próxima semana promete não ser dos melhores para o prefeito Zé Carlos e seu vice Alécio Chaves, que terão que enfrentar as barras da Justiça Eleitoral, no processo que pede a cassação de ambos, por captação ilegal de sufrágio (compra de votos), abuso do poder econômico e outros ilícitos eleitorais ocorridos abertamente na eleição de outubro de 2012.

Para comprovar a sua ‘inocência’, o prefeito arrolou como testemunhas, pessoas de caráter questionável, como o biscoiteiro Dadai, ganhador compulsório das licitações municipais, e o ex-chefe de gabinete Julimar Limoeiro, que foi demitido por acumular as funções de oficial de justiça em Iguaí e a chefia de gabinete na prefeitura de Itapetinga, dentre outras figuras do mesmo quilate, também arroladas pela defesa do prefeito.

No caso especial do “biscoiteiro da corte”, é difícil imaginar como ele irá se portar frente ao juiz eleitoral, tendo que jurar “dizer a verdade, nada mais que a verdade”, considerando que foi um dos principais articuladores de todas as maracutaias eleitorais praticadas pelo grupo do prefeito na última eleição, como a distribuição de gasolina, camisetas, bebidas alcoólicas, além da compra de votos propriamente dita, com farta distribuição de dinheiro público em espécie.

Com essa turma de aproveitadores de quinta categoria ao seu lado, Zé Carlos demonstra que não tem mesmo opção e que desce ladeira abaixo sem freio e desgovernado, rumo ao inevitável desastre moral e econômico.

Mas como diz o velho ditado, “para um afogado, qualquer garrancho pode ser a salvação”.

Por Davi Ferraz