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Em entrevista ao Bahia Notícias, o líder do PT na Assembléia Legislativa, Rosemberg Pinto, acabou falando pelos cotovelos ao afirmar que o candidato à sucessão de Wagner seria obrigatoriamente do PT, sem nenhuma chance para os postulantes dos partidos da base,  e que estaria havendo uma verdadeira disputa entre Lula e Wagner, para decidir quem indicaria o nome do candidato, que poderia ser Gabrielli, o preferido de Lula (e de Rosemberg), ou Rui Costa, o homem de confiança de Wagner.

Rosemberg não disse nada que o mundo político baiano já não soubesse, mas suas declarações causaram o maior rê-tê-tê  e um enorme desconforto no reduto governista, com lideranças da base aliada reclamando o escambau e até ameaçando rompimento, fora os outros dois pré-candidatos petistas, Walter Pinheiro e Luiz Caetano, que soltaram fogo pelas ventas, diante da infeliz e intempestiva declaração de Rosemberg.

É bem provável que o neófito deputado tenha tomado um corretivo do próprio Wagner e dos dirigentes do PT, pois não tardou para que ele próprio, utilizando as redes sociais, tentasse desmentir a reportagem do Bahia Notícias sobre a disputa interna no seu partido e, em contato com o site, ameaçou “levar a questão para a tribuna da Casa”. Alegou não ser “midiático”, disse que não procurou a reportagem e que o conteúdo da conversa, na qual ele sentenciou que o nome da base será petista, foi distorcido.

Para quem não conhece a figura, é bom ir se acostumando, pois o cara vai e vem na  maior naturalidade, e quando pegam no seu pé, salta dos tamancos. Com o Bahia Notícias, ele ameaçou levar o caso à tribuna da Assembléia, mas comigo, a ameça foi bem mais séria. Mas acabou amaciando…

Por Davi Ferraz 

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