Em Itapetinga, a distribuição das casas atendeu critérios eleitorais, beneficiando pessoas ligadas ao prefeito e vereadores da situação.

A fraude na lista de beneficiados é o problema mais comum encontrado no Minha Casa Minha Vida, segundo levantamento que leva em conta as investigações abertas pelo Ministério Público Federal sobre o programa habitacional que é bandeira eleitoral da presidente Dilma Rousseff.

Desde o lançamento, em 2009, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, os procuradores abriram 224 procedimentos, dos quais 82 são sobre as fraudes de cadastro. O segundo problema mais comum é a corrupção, como o pagamento indevido de vantagens a servidores públicos. Há 26 procedimentos abertos sobre o tema.

Em Itapetinga, as unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida foram distribuídos pelo ex-secretário do Desenvolvimento Social, atendendo critérios meramente eleitoreiros, que beneficiaram figuras conhecidas da política local, alguns deles membros da assessoria do próprio prefeito e com renda superior ao teto estabelecido pela Caixa.

Por Davi Ferraz