ADAB E VIGILÂNCIA NÃO FISCALIZAM VENDA DE LEITE CLANDESTINO E SEUS DERIVADOS
ITAPETINGA: Conhecida como a ‘Capital da Pecuária Baiana’ e sede de uma das maiores bacias leiteiras do Norte e Nordeste, Itapetinga ainda detém alguns títulos negativos, como uma das cidades que mais consome leite clandestino, sem contar com uma gama de produtos derivados do leite, como queijos, manteiga, iogurtes, requeijões, e tantos outros, fabricados sem nenhum controle de qualidade e licença dos órgãos competentes, o que representa um enorme perigo para a saúde de quem os consome.
Na feiras livres, mercearias, padarias e até nas ruas, leite sem pasteurização e de origem duvidosa é vendido livremente, em garrafas ‘pet’ de refrigerantes e até em sacolas plásticas, sem nenhum controle de qualidade, origem e data de validade, o que fere frontalmente as normas sanitárias e de defesa do consumidor.
Isto sem falar dos queijos emborrachados, mal embalados e de péssima qualidade, que são consumidos nas lanchonetes e pizzarias de Itapetinga e toda a região, e das manteigas de todos os tons de amarelo, laranja e rosa, que derretem nos balcões das feiras livres e mercearias, por falta de refrigeração.
É evidente que este tipo de produção e comércio só ocorre por culpa da ADAB e Vigilância Sanitária, que ao invés de fiscalizarem e proibirem a produção e venda de produtos sem origem , vivem diariamente nos calcanhares dos laticínios idôneos, que cumprem todas as normas sanitárias, pagam impostos e fabricam produtos de qualidade.
Um bom exemplo de indústria que cumpre todas as normas sanitárias, é a COOLEITE, indústria genuinamente itapetinguense, que produz leite pasteurizado, queijos, manteiga, doce de leite e iogurte de ótima qualidade, a preços excelentes, e que possui uma rede de distribuição e venda dos seus produtos em todos os bairros de Itapetinga, além da capacidade de distribuição para as demais cidades da região. Os produtos da Cooleite são os preferidos da população, mas ainda há pessoas que consomem produtos clandestinos, por mera desinformação ou descuido.
É preciso que as autoridades sanitárias atuem nesse segmento, com urgência, fiscalizando não só as feiras livres, mas, principalmente, mercadinhos, mercearias, lanchonetes e pizzarias, para o bem da saúde pública. O Ministério Público também tem poderes para atuar nessa área. O mínimo que esses acomodados órgãos podem fazer, é uma boa campanha de esclarecimento.
Por Davi Ferraz