A presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos

Nova pesquisa eleitoral CNI/Ibope sobre a eleição presidencial mostra que a presidente Dilma Rousseff tem 39% das intenções de voto. Aécio Neves, do PSDB, tem 21% e Eduardo Campos, do PSB, 10%. Os votos brancos e nulos somam 13%. Como os dez concorrentes de Dilma têm, somados, 40% das intenções de voto, haveria segundo turno. A aprovação do governo Dilma é a menor registrada desde que a petista assumiu a Presidência, 31% – e se iguala à de julho do ano passado, na sequência dos protestos que sacudiram o país.

No levantamento anterior, divulgado em 22 de maio, Dilma aparecia com 40% das intenções de voto. Aécio tinha 20% e Campos, 11%. A pesquisa divulgada nesta quinta também simula um eventual segundo turno. Nesse cenário, Dilma venceria Aécio Neves com 43% dos votos, ante 30% do tucano. Os votos brancos e nulos somam 19%. Se a disputa fosse com Campos, Dilma manteria os 43% de votos, contra 27% do adversário. Nesse caso, os votos brancos ou nulos sobem para 21%. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Rejeição – Dilma também aparece com a candidata com maior índice de rejeição: 43% dos entrevistados afirmam que não votariam na petista de jeito nenhum. A taxa de Aécio é 32% e a de Campos, 33%. Dilma, contudo, é a candidata mais conhecida entre o eleitorado. Apenas 1% afirma que não a conhecia o bastante para opinar. Quando questionados sobre Aécio, o porcentual é de 20%. Campos é desconhecido de 25% do eleitorado.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 15 de junho, na sequência da abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho, quando a presidente foi alvo de vaias e xingamentos no estádio Itaquerão, em São Paulo. Foram ouvidas 2002 pessoas em 142 municípios.

Na chamada pesquisa instantânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, Dilma tem 25% das intenções de voto. Aécio tem 11%, Eduardo Campos, 4%, e o ex-presidente Lula, 3%. Os votos brancos e nulos somam 16%.

Aprovação do governo – A pesquisa aponta ainda a queda na aprovação do governo Dilma Rousseff: entre março e junho deste ano, o número de entrevistados que avaliam o governo como ótimo ou bom cai de 36% para 31%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha 75% de aprovação ao final de seu segundo mandato. O porcentual daqueles que consideram o governo ruim ou péssimo passa de 27% para 36%. Já o índice da população que aprova a maneira de governar da presidente Dilma cai para 44%. Ao todo, 50% dos entrevistados desaprovam a maneira de Dilma governar.

A confiança na presidente também caiu: 52% não confiam na presidente, ante 47% registrados em março. O levantamento constata que, quanto maior o grau de instrução, menor o índice de aprovação ao governo. Entre os entrevistados que têm até a quarta série do ensino fundamental, 44% consideram o governo ótimo ou bom. Entre aqueles com ensino superior, o índice cai a 22%.

Os principais problemas apontados no governo Dilma são saúde (78%), impostos (77%) e segurança pública (75%). Nota-se, portanto, que o programa Mais Médicos, uma das principais vitrines do governo e promessa que integrou os cinco pactos firmados por Dilma em meio aos protestos do ano passado, não surtiu efeito na popularidade da presidente. Outro carro-chefe da campanha petista, a política de combate à pobreza, tem 53% de desaprovação. A maioria dos brasileiros desaprova a atuação do governo em relação à política de combate à inflação. Ao todo, 71% dos entrevistados desaprovam a política monetária, mesmo resultado da pesquisa anterior, realizada em março.

Ainda conforme a pesquisa, 57% desaprovam a atuação do governo Dilma no combate ao desemprego no país, mesmo índice da sondagem anterior. A aprovação em relação à política de combate ao desemprego caiu de 40% para 37%.

 

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