ITAPETINGA: BASE DE SUSTENTAÇÃO DE ZÉ CARLOS ESTÁ FRAGMENTADA
A cada dia que passa, os efeitos da omissão, falta de liderança política e desinteresse administrativo do prefeito Zé Carlos (PT) vêm refletindo na sua base de sustentação, que de tão dividida já passou a ser chamada pelos velhos e novos de ‘cristãos’, de “Torre de Babel”, onde cada integrante fala uma língua diferente.
Formada, basicamente, por ex-integrantes do antigo PFL, a turma de confiança de Zé Carlos, como Romildo, Tiquinho, Valdeir e Nídia Oliveira, dentre outros, tenta alçar voo próprio nestas eleições, apoiando deputados do diferentes partidos, em detrimento dos “compromissos” que Zé Carlos diz possuir com a reeleição dos petistas Rosemberg Pinto e Geraldo Simões, candidatos oficiais do grupo.
Na Câmara de Vereadores, cada um dos edis da base governista tem candidatos próprios, como é o caso de Amaral (PRP), que declarou apoio ao deputado federal Antônio Brito, José Antunes (PSC), que afirma categoricamente seguir o seu partido em todas as esferas, inclusive na eleição de governador e senador (o PSC declarou ontem o apoio a Paulo Souto e Geddel), José Roberto (PDT) que fica também com Antônio Brito e um estadual a definir, sem falar dos equilibristas João Carlos, Neide da Vila e Valquirão, que continuam disponíveis no mercado, aguardando uma boa conversa de ‘pé de orelha’ com pretensos interessados.
Alijado, desde o início, da atual administração, o que restou do pequeno grupo de petistas históricos ainda mantém apoio ao deputado Rosemberg Pinto (PT), mas não querem nem ouvir o nome de Geraldo Simões, o federal de Zé Carlos, por razões mais do que óbvias. Esses, pelo menos, mantêm a coerência e fidelidade partidária, como é o caso de Marcos Gabrielli, que ainda engole Rosemberg, mas prefere ficar com Josias Gomes (PT) para federal.
Há quem diga que todo esse ‘espírito de liberalidade’ de Zé Carlos é proposital, pois seu objetivo, num futuro bem próximo, é se livrar de Rosemberg e Geraldinho, dois pesos mortos da política regional, que pouco contribuíram para a sua administração, e voltar chorando arrependimento para os braços de Paulo Souto, provável governador eleito em outubro.
Como dizem meus amigos, ex-petistas de Itororó, o que restou para Rosemberg e Geraldinho “não dá um mói de quento”.
Por Davi Ferraz