O DNA DO TRAMBIQUE
Cercado de assessores de alta periculosidade, o prefeito de Itapetinga parece ter adquirido deles, ou já possuía, o DNA do mal feito, pois tudo que faz ou tenta fazer, tem uma pitada de armação e ilegalidade. Na prefeitura de Itapetinga, desde o início da atual administração, a única lei que é levada a sério é a famosa ‘Lei de Gerson’, em que se leva vantagem em tudo.
Um exemplo disto é a novela do Projeto Municipal de Saneamento Básico, que vem sendo objeto de denúncias graves em relação à contratação da empresa para sua elaboração, o que gerou em 2013 o famoso escândalo da Plan, quando um secretário municipal criou uma empresa de fachada para abocanhar mais de R$ 800 mil, mas que foi desmascarado e perdeu o emprego.
Agora, em uma nova tentativa, os meninos sabidos de Zé Carlos tentaram repetir o trambique, através da contratação de uma ONG misteriosa, o que acabou gorando depois da denúncia do Sudoeste Hoje, que informou com antecedência o resultado da licitação de carta marcada, dando, inclusive, o nome de quem iria vencer o certame.
A licitação foi cancelada e o município perdeu, mais uma vez, a oportunidade de captar cerca de R$45 milhões para sanear a cidade e, quem sabe, os bolsos dos dos nossos ‘dignos’ administradores.
Nesse vai e vem do trambique, perdeu-se mais de 3 anos, por culpa de quem entende que transparência e honestidade é coisa de ‘Mané’. Recursos federais agora, só a partir de 2016, se o prefeito e seus trombadinhas tomarem vergonha na cara.
Por Davi Ferraz