O vice-prefeito de Itapetinga, Alécio Chaves (PT), é um dos nomes que compõem a vasta lista de prováveis candidatos a prefeito em 2016. Desconhecido do mundo político até 2009, o professor Alécio ingressou na administração pelas mãos do prefeito José Carlos Moura, que o nomeou secretário de Educação.

Com o rompimento do então vice-prefeito Edilson Lima, Alécio compôs a chapa majoritária em 2012, como vice de Zé Carlos, tendo uma participação discreta no governo, até o afastamento de Zé Carlos em março deste ano, quando assumiu a prefeitura e adotou medidas drásticas, como a demissão de vários secretários ligados ao grupo do prefeito, o que aumentou a sua popularidade junto ao eleitorado, mas que lhe custou o rompimento com o seu antigo grupo político.

OS PRÓS

Ao demitir figuras nocivas aos interesses públicos, Alécio demonstrou coragem e determinação e se credenciou para a disputa de 2016, com o apoio importante do segmento evangélico e outros setores insatisfeitos como os rumos que tomou a atual administração municipal, que vai de mal a pior.

OS CONTRAS

Apesar de contar com a simpatia de boa parte do eleitorado, a sua permanência no PT ficou inviável e uma guinada para a oposição não lhe garante a pretendia candidatura a prefeito. Assim só lhe restou a saída do PT para um outro partido da base, mas o tempo é muito curto para a formação de uma base sólida, já que o prazo para filiações de quem pretende se candidatar no próximo pleito, encerra no fim de setembro deste ano. Alécio e seus aliados vão ter que correr atrás para compor com outros partidos, conquistar cabos eleitorais, formar quadros para disputar cadeiras na câmara municipal, e isto demanda muito esforço, tempo e dinheiro. É aí que o bicho pega.

Se continuar no PT, estará fatalmente liquidado, pois o caminho que traçou não tem mais volta.

Por Davi Ferraz