NOMES PARA 2016 – HILDÉRICO NOGUEIRA “TIQUINHO”
Rumo ao seu último ano de mandato, o prefeito Zé Carlos vive o terrível dilema de não ter no seu grupo político um nome de peso para disputar a sua sucessão. Mal orientado, imaginou que poderia lançar a própria mulher para sucedê-lo, o que é vedado pela Constituição Federal, que não permite a perpetuação das oligarquias familiares. Assim, vai ter que se valer do que tem nas mãos, e o vexame é quase certo. Dentre as suas poucas opções, figura o nome do advogado Hildérico Nogueira (PDT), conhecido popularmente por “Tiquinho”, atual diretor do SAAE em Itapetinga. Tiquinho é itapetinguense e membro de uma família de políticos ‘pragmáticos’, como o seu tio avô Américo Nogueira e o seu próprio pai Hildebrando Nogueira, ex-vereadores, ambos falecidos.
OS PRÓS
Por nunca ter exercido mandato eletivo, o jovem advogado á uma verdadeira incógnita na política local, possuindo a seu favor apenas a juventude e o gosto pela política, herança de família. No meio político, é tido como hábil articulador, embora os seus métodos controversos sejam contestados por adversários e até correligionários, mas é jeitoso e útil ao ‘esquema’ montado pelo prefeito, que o tem em alta conta e a ele delega tarefas nada convencionais, pela sua enorme capacidade de ‘convencimento’.
OS CONTRAS
Pesa em seu desfavor, o fato de ter sido ‘lapidado’ politicamente pelo ex-vereador Romildo Teixeira, uma espécie de ‘sanguessuga’ da política local, a quem dá suporte jurídico e partidário para fazer o que bem quiser na prefeitura e na câmara de vereadores. Além de Romildo, orbitam em torno de Tiquinho uma verdadeira legião de políticos e cabos eleitorais aproveitadores e de reputação duvidosa, duramente criticados pela opinião pública local. Embora seja atuante no campo político, Hildérico Nogueira é apontado como uma espécie de lobista, frequentemente acionado para ‘resolver’ demandas judiciais na capital, embora nunca tenha advogado efetivamente. Sua candidatura enfrenta também forte rejeição nas bases do governo municipal, principalmente no PT, mas pode conquistar uma vaga na chapa majoritária, como candidato a vice. A cabeça de chapa é improvável.
Por Davi Ferraz