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Em entrevista ao Blog do Zé Ferreira, o presidente do PC do B em Itapetinga, Gilson de Jesus, relata a necessidade de voltar a planejar a cidade e estabelecer novo projeto. Gilson critica atual administração do que chama  de “divorciada da cidade” e coloca seu nome com toda sua experiência para contribuir com o futuro do município. Avalia que o PMDB/DEM estão fechados para diálogo na medida que selaram acordo para indicar o cabeça de chapa. Confira a entrevista completa:

Zé Ferreira – Qual o pensamento do PC do B sobre sucessão 2016?

Gilson de Jesus – Pensamos que a cidade vive uma crise política e econômica séria o que exige da política estudo deste ambiente ruim, visando à elaboração de um projeto político que aponte saídas para nos tirar de um quadro negativo em que ficou a cidade. Para tanto é necessário reunir com os que têm pensamento de cumplicidade sobre a cidade, para colocá-la onde merece, o que exige apontar um horizonte novo, pois sabemos que “águas passadas não movem moinhos”.

Zé Ferreira – Quais os pontos principais que devem servir de pilares para um projeto novo para Itapetinga?

Gilson – Primeiro não se administra sem planejamento: uma equipe que conheça a  realidade social da cidade, aliado ao conhecimento técnico é o tempero ideal para um novo estudo da cidade. Um planejamento de visão sobre a Educação como ponto de partida, utilizando a universidade como ponto embrionário para se criar um pólo educacional; Uma secretaria de Desenvolvimento que  aponte atrativos  para instalação de empresas na área de indústria, serviço e comércio, tendo sempre que possível como bússola a vocação geográfica e social de nossa terra; políticas  para a juventude, a cultura, a memória. É essencial pensar  nas secretarias  de Indústria  e Desenvolvimento, Planejamento, cultura e políticas direcionadas  também à mulher.

Zé Ferreira – O partido apresentará o nome de Gilson para apreciação do conjunto de partidos que estão se reunindo, dentre eles PSD, PRP, PSC, PSB e PC do B? CONTINUE LENDO…

Gilson – O partido no primeiro momento pensa no projeto para a cidade, mas,  independente de qualquer coisa, tanto nesses partidos citados, quanto em outros cenários que venham a se  formar, acho que nossa experiência  na vida pública ao longo dos anos, assumindo os principais papéis  na Câmara e na vida pública deve ser avaliado. Todos sabem que assumir a presidência  e Relatoria da Lei Orgânica, Presidência e Relatorias de CPIs, fui secretário municipal e seis  mandatos na Câmara de vereadores, por isto as pessoas devem julgar se fizemos um bom estágio ou não e se  o fato de não ter tropeçado  na vala comum da  corrupção é o perfil que interessa a cidade ou se são outros adjetivos  que  definem o perfil do futuro gestor da cidade. Penso que estou pronto.

Zé Ferreira – Existe alguma possibilidade de entendimento com o PT e um nome apresentado pelo atual prefeito?

Gilson – Tenho afirmado na imprensa local que o prefeito atual não criou ambiente para agregar os setores progressistas e de pensamento afirmativo para um grande processo político na cidade, pelo contrário, permitiu retrocessos, daí   um ambiente inviável para  discussão política com  o prefeito dando as cartas  no PT local.

Zé Ferreira  O DEM de José Otávio e PMDB de Michel fecharam acordo para indicar entre os dois a cabeça da chapa. Você Avalia que existe espaço para diálogo?

Gilson – Esta definição do PMDB e DEM aconteceu num momento que  todos eles achavam que a presidente  Dilma ia cair. Acho que o cenário mudou rapidamente, portanto os acontecimentos podem levar os partidos de oposição a reavaliar suas estratégias, visto que em política tudo é dinâmico. Portanto, mais na frente veremos se tem espaço para o diálogo. No momento a postura dos dois partidos é muito fechada.

Zé FerreiraA maioria dos partidos que estão discutindo sucessão junto com o vice-prefeito Alécio Chaves faz parte da base do governo Rui Costa. Em sua opinião, a crise que vive os municípios os tornam dependentes dos governos Estaduais e Federais e por isto é importante está alinhado à base de apoio?

Gilson – Temos informações que cerca de 80% das prefeituras estão  em estado de inadimplência  ou pré inadimplência. Itapetinga está neste rol, com uma característica  agravante que sua receita própria sequer sustenta as despesas do legislativo, daí  a importância de repensar a cidade, sabendo que uma aliança com as políticas  sociais  dos governos  estadual e federal  é estrategicamente  interessante   e  até  impositiva. Senão  vai levar o dia a dia como?

Zé Ferreira – Como você avalia atual gestão de José Carlos?

Gilson – Uma gestão divorciada da sociedade. As conquistas de obras devem-se aos projetos sociais do governo federal e estadual, as quais o prefeito sempre  negou o papel  dos entes governamentais, buscando para se   a autoria. No outro lado estão acontecimentos negativos como empreguismo, clientelismo e jogos de cartas marcadas com uma política superada no tempo

Zé Ferreira – O que pensa sobre a operação Lava-jato e o chamamento para afastar a presidenta Dilma do cargo?

Gilson – Todo brasileiro sério deseja política séria e justiça séria. O que falta na lava jato é mostrar que as investigações  devem ser para todos suspeitos, mas o Juiz Moro  não teve coragem de fazer faxina geral, parece atitude de  quem tem opção partidária. Afastar a presidente é desrespeitar a regra do jogo. O jogo só tem dois tempos na lei eleitoral e não admite prorrogação.

Zé Ferreira A crise atual do país que sofre forte interferência da crise do capitalismo mundial, em sua opinião, de que maneira afetará a economia de nosso município?

Gilson – O mundo está globalizado e junto com ele o capitalismo e suas conseqüências. Portanto estamos expostos às fragilidades deste sistema tão excludente. O capitalismo não tem vergonha dos refugiados da fome fugindo do continente africano. Devemos fazer nosso papel de buscar ver outros horizontes que visem o bem estar da humanidade. A imagem da fome no rosto humano gera vergonha e demonstra a incapacidade do homem em resolver os problemas do planeta. A crise internacional e a disputa entre países produtores, como foi o caso da China com os calçados esportivos, atingiu diretamente a Azaléia que reduziu abaixo da metade seu quadro de funcionários. O reflexo desta crise também atinge empresas como a JBS que reduziu a produção de carne. Acreditamos e esperamos que o pior momento passou.

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