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A bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia desembarca nesta quinta-feira, 5, em Vitória da Conquista, para cumprir mais uma agenda de fiscalização das obras paradas do Estado, prometidas desde a gestão de Jaques Wagner e que não avançaram no governo de continuidade de Rui Costa. O objetivo do périplo que seguirá um roteiro traçado pelo deputado da região e anfitrião da visita, Herzem Gusmão (PMDB), é checar in loco o andamento dessas obras, denunciar o abandono, o descaso com os recursos públicos e pedir providências ao Ministério Público.

A Agenda estabelecida pela oposição foi iniciada no mês de agosto nos municípios de Ilhéus e Itabuna, onde os deputados constataram um cenário de desolação e abandono nos canteiros onde as obras deveriam estar sendo executadas, a maioria reconhecidamente essencial para a população local, a exemplo da ponte Ilhéus-Pontal, da reforma do Hospital Luiz Viana Filho e da barragem do Rio Colônia.

Para a visita de fiscalização em Vitória da Conquista, 12 dos parlamentares que congregam a bancada oposicionista já confirmaram presença, incluindo o líder do bloco, deputado Sandro Régis (DEM). “Temos a obrigação de cumprir o papel para o qual fomos eleitos, que é o de acompanhar, fiscalizar e cobrar as ações do Executivo em benefício da sociedade”, observou Régis, frisando que a paralisação de obras importantes nos diversos municípios vem gerando o sentimento de revolta entre a população e a clareza de que tratavam-se de promessas puramente eleitoreiras, anunciadas e propagadas amplamente ainda no governo Wagner e durante a campanha eleitoral do atual governador Rui Costa.

“O povo baiano não aceita ser iludido e agora quer a efetivação dessas promessas”, reforçou o deputado Herzem Gusmão, político reconhecido no município e de grande influência na região. Segundo informou, entre as obras a serem checadas estão a ampliação e melhorias do Hospital Geral de Conquista, a construção da UPA do Hospital de Base e o novo presídio do município, cujas instalações com capacidade para acolher cerca de 800 detentos encontram-se ociosas pela absoluta ausência de licitação para a contratação da empresa que administrará o complexo. Além do roteiro de fiscalização os parlamentares cumprirão agenda de entrevistas nos veículos locais, começando com uma coletiva na chegada ao aeroporto de Conquista, às 9:00 horas.

VEJA AS OBRAS PARALISADAS EM VITÓRIA DA CONQUISTA

  • Novo Aeroporto

Com campanhas iniciadas desde março de 2009, a ordem de serviço para a construção foi assinada em fevereiro de 2013, com previsão de conclusão em 2015. Consta que a pista de pouso e taxiamento das aeronaves estão prontas, contudo a obra do terminal de passageiros não tem previsão de conclusão, alegando-se falta de verba. Não há projeto nem licitação.

. Hospital de Base e UPA do Hospital de Base

Em junho de 2012 o secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, anunciou melhorias para o Hospital Geral de Vitória de Conquista e a construção de uma UPA. Promessas  que não avançaram.

  • UPA da Patagônia

A UPA do Patagônia, que disponibilizaria até 12 leitos de observação e atenderia até 300 pacientes por dia, deveria ser inaugurada no mês de fevereiro de 2010.  R$2 milhões investidos segundo a imprensa local. Consta no site do Ministério da Saúde a liberação dos recursos.

  • UPA do Bruno Bacelar

A UPA do bairro Senhorinha Cairo foi prometida para janeiro de 2014 e, assim como a do Patagônia, teria a mesma quantidade de leitos e atendimentos diários, mas não saiu do papel.

  • BahiaFarma

Obra do laboratório oficial de medicamentos, com previsão de entrar em  operação em 2012 e gerar 200 empregos. Anunciada em junho de 2011 pelo Ministério da Saúde, num evento do governo do estado, em Salvador. Mas na área onde o laboratório seria construído não há trabalhadores e o local se encontra tomado pelo matagal.

  • Presidio

A obra do novo presídio de Vitória da Conquista foi orçada inicialmente em R$16 milhões. Entretanto, o valor do investimento saltou para R$ 33 milhões. As instalações com capacidade para cerca de 800 detentos estão prontas, mas ociosas. Não há previsão de inauguração porque a licitação para escolha da empresa que irá administrar o novo presídio não foi efetivada.

 . Centro de Cultura

O Centro de  Cultura foi, interditado pelo Ministério Público do Estado em setembro de 2013 por problemas referentes à acessibilidade e combate a incêndio. Foram empregados R$ 320 mil em uma pequena reforma na parte elétrica mas não foi suficiente para a reabertura do equipamento.

 

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