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O governador Rui Costa (PT) participou de negociações para pagamento de caixa 2 durante a sua campanha ao governo da Bahia em 2014, afirmou Danielle Fontes, empresária ligada à agência Pepper, em delação. O depoimento motivou a deflagração da Operação Hidra de Lerna, nesta terça-feira (4). De acordo com o Estado de S. Paulo, a Pepper teria sido contratada em 2014 para prestar serviços de internet para a campanha do petista.

Danielle contou à força-tarefa da operação que, em uma reunião, Rui disse que seriam pagos R$ 1,9 milhão à agência e recomendou que ela procurasse Carlos Martins, então tesoureiro da campanha, para viabilizar o “acerto”. Martins teria explicado a Danielle que o pagamento seria feito de forma fracionada: R$ 633 mil arcados pelo PT e outros R$ 725 mil não declarados, que seriam pagos pela OAS. O valor restante viria de uma terceira fonte, não indicada inicialmente.

Segundo a delação, para viabilizar o repasse irregular, a OAS firmou um contrato de prestação de serviços superfaturado – 70% do valor seria para cobrir as despesas. Na Hidra de Lerna, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca em endereços da OAS e de seus dirigentes.

A PF chegou a solicitar um mandado de busca no gabinete de Rui Costa, mas o pedido foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) após parecer contrário da Procuradoria-Geral da República. O objetivo da ação desta terça é identificar se a OAS recebeu vantagens em negócios com o governo do estado em troca da doação ilegal. BN

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