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Dos quinze vereadores eleitos, os quatro primeiros colocados estavam no campo oposicionista ao governo municipal. Anderson, com 1.827 votos tornando-se o mais bem votado, João de Deus (1.420), Tarugão (1.170) e Bahia (1.008), emplacaram as respectivas reeleições.

Qual leitura pode ser feita deste fato inédito? Estará mais perto da verdade quem admitir que o eleitor consegue entender o papel do vereador que faz oposição. Fiscalizar, cobrar, posicionar-se abertamente no legislativo contra propostas consideradas ruins para a população – como o aumento de 35% na tarifa de água pelo SAAE, e principalmente manter viva a fleuma de grupo oposicionista.

No grupo de vereadores oposicionistas, também foi reeleita Naara, e foram derrotados, Renan – apesar de ter elevado sua votação de 497 votos para 716, e Marcos Gabrielli, já que Alfredo desistiu da vereança.

Duas conclusões podem ser feitas: a primeira, com relação ao primeiro governo de Zé Carlos, quando foram eleitos em palanques de oposição, João de Deus, Naara e Bahia. Do universo de três, 100% de reeleição. Com relação ao segundo governo de Zé Carlos, foram eleitos pela oposição, João de Deus, Naara, Bahia, Valquirão, João Carlos e Renan. No meio do caminho, Valquirão e João Carlos aderiram ao prefeito. Restaram quatro e três foram reeleitos, uma taxa de 75%. Renan ficou fora por questão de legenda. Vale registrar, no caso do adesismo de dois vereadores, retornou um, com taxa de 50%.

Um outro cálculo pode ser oferecido. João de Deus, Naara, Bahia, Tarugão, Renan, Marcos Gabrielli e Alfredo, fizeram oposição ao governo. Alfredo desistiu. Do universo de seis,quatro vereadores retornaram, percentual de 66%.

Se olharmos no campo situacionista, Nídia, Amaral, Zé Roberto, Neide, João Carlos, Valdeir, Valquirão e Zé Antunes, conseguiram uma taxa de 37%, com reeleição de três em universo de oito.

Moral da história. Quem pensa que o vereador tem que comer na mão do prefeito para conseguir mais facilmente sua reeleição, está enganado. Os números mostram exatamente o contrário. O eleitor acompanha seu vereador com uma “lupa” e o julga na eleição seguinte.

Cicatrizadas as feridas pós-eleições, algumas lições devem se aprendidas por aqueles mais sensíveis aos humores da opinião pública e aos novos tempos vividos pela nação: tempo de mutreta e impunidade tá chegando ao fim.

Por José Elias Ribeiro

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