:: 19/out/2016 . 14:06

Uma grave denúncia envolvendo agentes públicos de Itapetinga, chegou hoje ao conhecimento do Sudoeste Hoje e deverá ser objeto de investigação por parte das autoridades policiais e judiciais, nos próximos dias.

De acordo com fontes ligadas à própria administração municipal, a folha de pagamento do município vem sendo fraudada, com a finalidade de desviar recursos públicos para os bolsos de pessoas do alto escalão municipal, inclusive secretários e assessores do governo.

A fraude, segundo as denúncias, envolve servidores terceirizados que estariam recebendo indevidamente a famosa ‘Gratificação por Produtividade’, cujos valores são repassados posteriormente aos agentes públicos envolvidos na maracutaia. O mais curioso é que muitos desses servidores terceirizados e contratados sequer comparecem ao serviço, e ainda recebem ‘produtividade’.

Essa prática, de acordo com os denunciantes, já existe na atual administração há anos, mas se acentuou neste final de governo, depois do fracasso do candidato do prefeito, nas eleições de 2 de outubro.

Consta também da denúncia, a existência de centenas de funcionários ‘fantasmas’ na folha de pessoal da prefeitura, que apenas emprestam os seus nomes e CPFs, em troca de bagatelas, para desvio de dinheiro público para os bolsos dos figurões.

Não é à toa que a folha de pagamento da prefeitura de Itapetinga vive na estratosfera, extrapolando os limites fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal, comprometendo o pagamento do 13º salário aos servidores efetivos.

Em matéria de ‘rapinagem’, o governo Zé Carlos merece o prêmio Nobel.

Por Davi Ferraz 

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso nesta quarta-feira (19) em Brasília. A prisão do deputado é preventiva, segundo informou a Polícia Federal. O ex-deputado foi detido próximo ao local onde mora na capital federal.

Às 15h (horário de Brasilia), Cunha embarcou no avião da Polícia Federal que o levará a Curitiba.

Cunha é réu em processos da Operação Lava Jato que estão sob a responsabilidade do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. A ordem de prisão foi expedida por Moro na última terça-feira (18).

Também foi decretado o bloqueio de bens de Cunha no valor de R$ 220.677.515,24.

No pedido de prisão, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato sustentaram que a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é italiano e brasileiro).

O juiz é responsável pela ação penal na qual Cunha é réu sob a acusação de ter recebido propina em contas na Suíça do esquema de corrupção da Petrobras.