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A campanha no rádio e na tevê, em Vitória da Conquista, onde Herzem Gusmão (PMDB) e José Raimundo (PT) disputam o segundo turno, começou light, mas acabou em pauleira total.

Herzem bradando que “o PT afundou o Brasil e o Brasil já disse não, agora Conquista vai dizer não também”.

E o outro programa dizendo que Herzem é do PMDB de Temer, “do governo que vai cair com o que Eduardo Cunha vai falar”. Em síntese, foi uma campanha municipal com fortes ingredientes nacionais e foco estadual.

Os opositores do PT na Bahia, liderados por ACM Neto, mantiveram com larga folga o controle de Salvador e Feira de Santana, as duas maiores cidades, pegaram Camaçari, a mais rica, e vislumbram agora a joia da coroa.

Vitória da Conquista faz história este ano. O PT manda lá desde 1996, muito antes de Lula tomar o poder federal. Para os petistas, manter seria um alento poderoso num momento em que tudo é contra. Para a oposição, tomá-la é, em tese, dar uma boa pavimentada no caminho para o objetivo maior, o governo do estado em 2018. Seria o sinal cabal de que a era petista na Bahia já estaria dando os seus últimos suspiros.

Os petistas sabem que a tarefa é difícil. Zé Raimundo falava ontem ter a sensação de que deu ‘a virada’. E Herzem, que vai ganhar com mais de 29 mil votos de vantagem.

As urnas vão falar domingo. Mas tudo indica que a maré antipetista chegou forte lá.

Pesquisa da Painel Brasil, ontem divulgada, deu Herzem com 64,75% dos votos válidos contra 35,25% de Zé Raimundo.

Mudar um cenário desses está mais para milagre do que para virada. Bahia.ba

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