Existe expectativa generalizada de que o futuro governo Rodrigo Hagge possa apresentar, nos seus primeiros dias, mudanças profundas na gestão do município. O primeiro desafio, será resistir ao ultrapassado vício de gestores anteriores, de acomodar na prefeitura amigos, indicações de apoiadores e correligionários, pelo simples fatos de terem ajudado na campanha eleitoral. É logico e compreensível que o prefeito queira governar com pessoas de sua confiança, porém, deve existir um critério minimo para nomear alguém.

Outro desafio premente, será compatibilizar receita e despesa, para que possa sobrar algum dinheiro para se fazer investimentos na cidade, notadamente no setor de infra-estrutura. Se incorrer no erro de gastar todo o dinheiro para pagar salários de  efetivos e contratados, assessorias desnecessárias e prestadores de serviços superfaturados, não sairemos desta situação calamitosa em que se encontra Itapetinga, sem condições de honrar seus compromissos.

Quesito importante para ser lembrado pela futura administração da cidade, é a questão da transparência. Secretário tem que prestar contas do seu desempenho e, principalmente, se colocar a disposição da imprensa, quiça da população,  para dar publicidade as ações da sua secretaria.

A população tem conhecimento da difícil situação econômica e administrativa por que passa a prefeitura do nosso município, e não cobrará grandes investimentos no inicio do governo, mas observará atentamente as primeiras providências de Rodrigo, em relação aos fatores que tanto desagradaram aos munícipes, no governo que se encerra.

Por ser do PMDB, e o governo estadual ser do PT, Rodrigo deverá encontrar dificuldade no relacionamento com o governador Rui. Por mais que se admita poder existir uma relação institucional e até pessoal de boa qualidade, em política não se dá vez ao adversário. Em contrapartida, terá Geddel e Lúcio, que estão bem posicionados no governo Temer, e poderão ajudar imensamente no seu governo.

Por José Elias Ribeiro