:: 17/nov/2016 . 18:04

Ao longo de sua mal sucedida gestão, o prefeito Zé Carlos (PT) criou e até desdobrou secretarias de governo, para contemplar correligionários sedentos de cargos públicos e poder, onerando o orçamento municipal e inflando, de forma irresponsável, a folha de pagamento dos servidores municipais.

Para se ter uma ideia da gastança desenfreada, só no extinto Zoo-Matinha funcionam duas secretarias acéfalas: a do Meio Ambiente e a de Desenvolvimento Econômico e Agricultura, comandadas por elementos ineptos e sem nenhu preparo para o cargo. A Secretaria de Agricultura não plantou sequer um ‘mói de quento’, enquanto a do Meio Ambiente foi responsável pelo fechamento da própria Matinha e o corte ilegal de árvores na cidade. Dois exemplos clássicos de desperdício de dinheiro público e incompetência administrativa.

Na área do esporte, cultura e lazer, uma estrutura também desnecessária foi montada, onerando a prefeitura e conquistando resultados pífios. A secretaria de Esportes, por exemplo, só existe para atuar no Campeonato Intermunicipal de Futebol, realizado de ano em ano. Não conquistou nada, mas deu boa vida a um bando de aproveitadores. O Departamento de Cultura, também mal dirigido ao longo dos 8 anos de Zé Carlos, só serviu para fazer programas de calouros na Concha Acústica, de ano em ano, e mais nada.

Como dinheiro público não cai do céu, é bem provável que algumas dessas secretarias sejam extintas ou transformadas em meros departamentos de outras secretarias, a partir de janeiro de 2017, como forma de desonerar o município de gastos desnecessários.

O prefeito eleito Rodrigo Hagge (PMDB) ainda não se pronunciou sobre isto, mas há quem defenda, no seu grupo, estas e outras reformas. É recomendável que os pretensos ‘secretários’ não alimentem muitas esperanças, porque a tesoura vem afiada.

A farra acabou!

Por Davi Ferraz

RIO — Em menos de 24 horas, o Rio de Janeiro presenciou, na Zona Sul da cidade, a prisão pela Polícia Federal de dois ex-governadores envolvidos em escândalos de corrupção. Na quarta-feira, foi Anthony Garotinho (PR), em meio à Operação Chequinho, que investiga a compra de votos durante a eleição do dia 2 de outubro em Campos, no Norte Fluminense. Nesta quinta-feira, foi a vez de Sérgio Cabral (PMDB), alvo de dois mandatos de prisão preventiva, no âmbito da Lava-Jato, acusado de liderar um grupo que desviou R$ 224 milhões em contratos de obras. Os dois ex-governadores serão encaminhados para o mesmo presídio, Bangu 8.

Para substituir a antiga empresa de colete de lixo que a própria prefeitura aplicou um calote de mais de R$ 1 milhão de reais, o prefeito Zé Carlos contratou uma cooperativa de coleta, ligada por ‘coincidência’ a um empresário de Itororó, por mais de R$ 600 mil reais, para atuar até o final do seu mandato, no dia 31 de dezembro.

Ao contrário da Vita Ambiental, a nova contratada recebeu parcela do pagamento antecipadamente, mas os serviços prestados são de péssima qualidade, e a cidade voltou a ser entregue ao lixo e aos indesejáveis urubus, que fazem o serviço sem receber nada.

Em matéria de incompetência e desleixo, esta atual gestão municipal é mesmo insuperável. Não foi por outra razão que o PT e o grupo de Zé Carlos foram banidos da política de Itapetinga, nestas eleições.

Uma vergonha!

Por Davi Ferraz