:: 25/nov/2016 . 21:30

Os estudantes que ocupam o prédio da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista, em protesto contra a PEC do teto dos gastos públicos, receberam o prazo de 24 horas para deixar a unidade de ensino.

Se a determinação não for atendida, o uso de força policial será permitido no processo de desocupação. A decisão foi tomada pelo juiz da comarca municipal, Ricardo Frederico Campos, na manhã desta sexta-feira (25). Na decisão, o juiz afirmou que a desocupação em 24 horas “deve ser realizada sem violência, com toda a cautela necessária à situação, mediante a participação de um representante dos ocupantes e dos autores para a melhor solução possível, observando-se a boa convivência acadêmica, em um clima de paz”. Caso a determinação não seja atendida, o juiz autorizou o uso de força policial.

“Se ultrapassado o prazo, sem a desocupação, autorizo, como medida extrema, contando com o bom senso das partes e o empenho na melhoria das condições de vida no campus, o uso de força policial”, diz decisão. O campus da Uesb de Vitória da Conquista está ocupado desde 21 de outubro. Os estudantes protestam contra a PEC 55, antes denominada PEC 241, que tramita no Senado e estabelece limites aos gastos públicos. Também há ocupações nos campi de Jequié e Itapetinga, mas a decisão da Justiça de Vitória da Conquista é apenas referente ao campus do município.

ESTUDANTES DIZEM QUE VÃO RESISTIR

Em uma assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (25) no prédio da reitoria da UESB, de Vitória da Conquista, os estudantes mobilizados decidiram que vão resistir à ordem de desocupação.

A Justiça, a pedido do movimento “Liberta Uesb”, ordenou que o campus conquistense da autarquia fosse desocupado pelos manifestantes, em um prazo máximo de 24 horas, a contar do horário do deferimento de liminar. O prazo encerra antes do meio dia deste sábado (26).

Na manhã desta sexta-feira, 25, o prefeito eleito Rodrigo Hagge esteve visitando as obras inacabadas das creches dos bairros 12 de Dezembro e Vila Riachão. Acompanhado do engenheiro Airton Ferraz, Rodrigo viu de perto a situação dos dois locais – no 12 de Dezembro a obra falta ser finalizada e na Vila a situação ainda é mais preocupante.

Na quinta-feira ele recebeu a visita dos representantes da empreiteira que é responsável pelas obras. Eles fizeram um relato da situação e buscaram assegurar a continuidade dos trabalhos. Aproveitaram para convidá-lo a visitar pessoalmente os locais.

“A visita foi para avaliar o andamento das obras das creches que estão paradas há aproximadamente 4 anos e a população de dois bairros, extremamente carentes, precisando do equipamento público, infelizmente não tiveram a atenção da atual administração para dar celeridade aos trabalhos. A creche do 12 de Dezembro está em estado avançado de conclusão, mas a da Vila Riachão enfrenta graves problemas em sua execução, que vão ter que ser sanados pela empresa e pela próxima administração, a fim de ser concluída e entregue à população o mais breve possível”, avaliou Rodrigo Hagge. //Ascom

Acusado de ter pressionado o ex-titular da Cultura Marcelo Calero para liberar uma obra em Salvador, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, enviou na manhã desta sexta-feira (25), por e-mail, uma carta de demissão ao presidente Michel Temer. Geddel, que está na capital baiana desde quarta (23), conversou por telefone com o presidente depois de encaminhar a solicitação para se desligar do primeiro escalão.

Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Temer aceitou o pedido de Geddel, que era responsável pela articulação política do governo federal com o Congresso Nacional. Em meio ao turbilhão que atingiu até mesmo seu gabinete, o presidente tentará sair de foco nos próximos dias. Ele anunciou que vai viajar para sua residência em São Paulo na tarde desta sexta.

Geddel é o sexto ministro a deixar o governo desde que Michel Temer assumiu o comando do país em maio. Antes dele, caíram Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), Fábio Medina Osório (AGU), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Marcelo Calero (Cultura).

Desde a tarde de ontem, quinta-feira, que cerca de 70 servidores contratados do SAAE vêm realizando manifestações em frente ao órgão, em protesto contra a forma arbitrária pela qual foram demitidos, o que paralisou todos os serviços da autarquia, exceto o fornecimento de água.

De acordo com os servidores, as demissões se deram de forma arbitrária, sem nenhum ato oficial, desconsiderando todos os direitos trabalhistas dos demitidos. As demissões, segundo os servidores, foi feita de forma verbal, o que vai de encontro com as normas que regem o serviço público, numa demonstração de total desrespeito aos mais de 70 pais de família que perderam seus empregos.

A Assessoria Jurídica do SAAE, segundo os servidores, não se posicionou e virou as costas para eles. A advogada da empresa contratada a peso de ouro pelo SAAE, não adotou as providências de praxe exigidas por lei, tais como: Portaria com a relação dos demitidos; rescisão dos contratos de trabalho; cálculos para pagamento dos salários referentes os dias trabalhados em novembro, dentre outras.

Até o fechamento desta matéria, os servidores demitidos ainda se encontravam em frente ao órgão, na rua Macarani, bloqueando a entrada de pessoas. Na tarde de ontem, foi bloqueada a entrada da ETA, no bairro Primavera. Deu até polícia.

Os desmandos dos dirigentes do SAAE foram denunciados por este blog, ao longo da tumultuada gestão do atual prefeito, inclusive o ‘cabide de empregos’ em que a autarquia se transformou.

Coisas do ‘arco da velha‘…

Por Davi Ferraz