Os nomes especulados para composição do secretariado do prefeito eleito Rodrigo Hagge, levam-nos acreditar na possibilidade de renovação dos quadros que o mundo político considerava como figuras carimbadas, para fazerem parte da futura administração.

Se por um lado, renovar significa oferecer oportunidade para indivíduos que nunca tiveram oportunidade de mostrar serviço possam receber uma chance, por outro lado não podem ser desprezados critérios que fazem parte da política.

Está na moda falar em critério técnico para preenchimento de cargo de confiança, mas é possível aliar competência com fidelidade partidária ou participação política.

Antes de assumir as agruras do poder – tem seu lado de sofrimento também, o prefeito eleito Rodrigo conta com o apoio irrestrito de quem participou de sua eleição e o acomodamento dos seus adversários, todos esperando as primeiras ações.

Não existe possibilidade de acomodar todas as demandas dos correligionários e apoiadores, e por isto Rodrigo precisará ser cirúrgico na administração deste problema. Por mais habilidade que possa ter o futuro prefeito, sempre haverá quem ficará insatisfeito.

Rodrigo tem ao seu lado políticos de sucesso como seu avô Michel e o aliado Zé Otávio, que podem ser consultados a qualquer momento. Na história dos dois, existem acertos e erros, e inúmeros casos de pessoas que foram prestigiadas e em contrapartida ofereceram desprezo.

Por ser jovem e bem intencionado, Rodrigo talvez queira eleger outras prioridades para o preenchimento dos cargos sob seu comando, mas que tal um conselho? Então lá vai: conhecimento, pois é necessário ter capacidade técnica; fidelidade aos partidos da coalizão e nada de prestigiar adversários; participação política daqueles que mostraram a cara e fizeram força para elegê-lo; e convocar quem tem vontade de trabalhar, afastando quem quer emprego só por causa do salário.

Por José Elias Ribeiro