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Com a volta das chuvas torrenciais, o segmento rural festeja, já que as aguadas são reabastecidas e os espécimes de capim vicejam. Por outro lado, os moradores dos bairros periféricos da cidade, que na quase totalidade não são pavimentadas, enfrentam o convívio diário com a lama, ao sair e retornar para sua casa.

Nossa cidade teve momentos em sua história onde as quantidades de bairros sem pavimentação representavam um pequeno percentual em relação aos bairros com pavimentação. Com a industrialização da cidade no governo Zé Otávio, houve uma explosão na oferta de novas moradias e conseqüentemente novos bairros foram surgindo. Arrisco dizer que hoje temos metade da cidade pavimentada e metade sem pavimentação.

O governo Zé Carlos não fez intervenções nos bairros no  sentido de pavimentar algumas ruas. Calçou ruas no Quintas do Morumbi, nas imediações da Praça do Candeeiro, e só. Ao longo de 8 anos, assistiu negligentemente aumentar a quantidade de ruas, e ao não investir neste setor, contribuiu para o desequilíbrio atual.

Com a posse do novo governo, passa a existir por parte das pessoas que habitam bairro sem pavimentação, natural esperança de que Rodrigo Hagge coloque como uma das prioridades da sua gestão, maciços investimentos para melhorar a infra-estrutura de bairros como Américo Nogueira, Hilda Gama e Quintas do Sul, ficando nestes como exemplos por ilustrar três partes da cidade.

Costumo dizer que não é culpa dos governantes atuais problemas acumulados ao longo do tempo. É responsabilidade dos governantes enfrentá-las. No caso específico tratado neste artigo, não será possível ao longo de um mandato de quatro anos resolverem as demandas dos bairros abandonados, mas é imprescindível começar logo os investimentos para sinalizar que desta vez não haverá negligencia com os bairros periféricos.

PS: A frase “que na quase totalidade não são pavimentadas” tem a ver com lei mais recente que obriga a criação de novos bairros com infraestrutura pronta. Ex: José Ivo, Neto Fernandes, Pedra Branca, Turmalina.

Por José Elias Ribeiro

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