Nove pessoas presas suspeitas de envolvimento com fraudes em empréstimos bancários na Bahia foram apresentadas à imprensa, nesta terça-feira (20), em Salvador, durante uma coletiva da Polícia Civil, que investigou o caso. Conforme a polícia, a quadrilha, formada por dois empresários e oito corretores de empréstimo, causou um prejuízo de cerca de R$ 5 milhões, em diversos bancos privados. Outro corretor suspeito de participação no crime está foragido.

500 SERVIDORES ENVOLVIDOS

De acordo com a polícia, as fraudes eram feitas com apoio de cerca de 500 servidores públicos que vão responder por estelionato. Ao pegarem o dinheiro do empréstimo, os funcionários públicos devolviam de 10% a 35% do valor para os empresários, que rateavam entre os corretores e funcionários de recursos humanos que manipulavam os contracheques nos órgãos públicos. A polícia investiga ainda se há participações de funcionários de bancos no esquema criminoso.

Segundo a polícia, a investigação começou em dezembro deste ano. Os nove suspeitos vão responder por estelionato e organização criminosa. Os empresários Genivaldo Santos Monteiro, de 44 anos, e Adailton de Jesus Silva, de 40 anos, são donos de três empresas credenciadas por instituições financeiras para fazer empréstimos.

FRAUDE EM CONTRACHEQUES

As investigações apontam que a quadrilha era chefiada por Genivaldo e Adailon. A polícia revela que no esquema, os corretores ofereciam empréstimos a funcionários públicos temporários federais, estaduais e de municípios baianos. Todos eles contratados através do Regime Especial de Direito Administrativo (REDA) ou de cargo comissionado, mas que, no contracheque, apareciam como efetivos. Os dados, segundo a polícia, eram manipulados pelos próprios corretores e, em outros casos, pelo setor de recursos humanos das repartições públicas, para que o servidor tivesse o crédito aprovado e conseguisse o empréstimo consignado. //G1

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