FOTO MERAMENTE ILUSTRATIVA

Atolados em dívidas até o pescoço e sem perspectivas de cumprir compromissos e dívidas assumidas em campanha, uma leva de prefeitos “oposicionistas” vem ensaiando uma espécie de namoro com o governo do estado, numa busca desesperada por obras e recursos para seus municípios, quase todos quebrados.

Nessa relação meramente interesseira, os prefeitos entram com o pires na mão e o governo com um saco vazio, já que o Estado também vive momentos de penúria financeira e não tem condições de atender às extensas e absurdas listas de pedidos da ‘prefeitaiada’ do interior, cada um mais esfomeado que o outro.

Como vai precisar de votos para se reeleger no ano que vem, o governador Rui Costa finge que vai atender a todos e permite que seus intermediários, feito alcoviteiras, continuem aliciando prefeitos com a corda no pescoço e sem nenhuma coerência partidária, para a sua base.

Sem ter nada de concreto para dar, o governador libera o famoso “kit prefeito chato”, criado na época de ACM, constituído de bolas de futebol, camisas de times, redes de vôlei etc, já que ambulâncias e tratores, que também faziam parte do kit, viraram artigo de luxo. Obras que é bom, nem pensar.

E nessa relação de ‘ficantes’, recheada de promessas e presentes baratos, tipo ‘namoro de piriguete com coroa rico’, o prazo de validade é limitado pelo tamanho do interesse e tem tudo para ser curto, a não ser que o governo esteja com as ‘burras cheias’ para atender à fome dos velhos e novos aliados.

Como nesse ramo ninguém é besta, a trairagem promete correr solta até a boca das eleições, dependendo pra que lado a balança estiver pendendo. Se o candidato de oposição ao governo despontar com chance real de vitória, voltam todos de cara lavada e com os dentes no quarador, em nome da governabilidade.

Não é assim que a banda toca?

Por Davi Ferraz 

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