PROFESSORES DA UESB PARALISAM DIA 28 CONTRA ARROCHO SALARIAL DE RUI COSTA
Em protesto contra o arrocho salarial e pela garantia de direitos trabalhistas, professores da Uesb paralisarão no dia 28 de novembro. A categoria reivindica que o governo Rui Costa negocie a pauta protocolada desde dezembro do ano passado. Os docentes estarão mobilizados em frente aos portões da Universidade a partir das 8h. A suspensão de atividades acontecerá também na Uneb e Uesc.
Salário e direitos trabalhistas
Servidores públicos baianos estão há quase três anos sem reposição inflacionária, uma perda de 20,5%. O valor é equivalente ao não pagamento de quase três meses de salário ao longo do período. Cerca de 300 professores da Uesb estão com direitos trabalhistas travados entre promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho, alguns já desde o ano passado. Para reverter o quadro, o movimento reivindica recomposição salarial de 30,5% e o respeito aos direitos trabalhistas.
Crise orçamentária
Tomando como base 2013, mais de R$ 50 milhões deixaram de ser repassados para as verbas de manutenção, investimento e custeio da Uesb. A situação afeta diretamente o funcionamento da Instituição. Mais de 210 projetos de pesquisa deixaram de ser atendidos nos últimos três anos e os projetos de extensão sofreram cortes de R$ 780 mil. Um grave ataque à produção de conhecimento e à prestação de serviços à população. Faltam recursos também para o pagamento de bolsas, de fornecedores, materiais para laboratórios, aulas de campo e outras atividades essenciais.
Descaso
Apesar do cenário preocupante, o governo Rui Costa se recusa a negociar com o movimento docente. A justificativa é de que o Estado está com dificuldades financeiras, o que contrasta com os números divulgados pelo próprio governo. A economia da Bahia cresceu, no último trimestre, dez vezes mais que a do Brasil e os gastos com pessoal no segundo quadrimestre ficaram em 41,79% da receita do Estado, o menor valor desde 2014 e muito abaixo do limite máximo permitido, que é de 48,60%. Professores da Uesb, Uesc, Uefs e Uneb já aprovaram indicativo de greve, uma demonstração de disposição para um enfrentamento mais radicalizado ao governo Rui Costa.
Conheça a pauta de reivindicações.