:: 6/fev/2018 . 20:06

Os prefeitos afastados das cidades de Eunápolis e Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, Robério Oliveira e Agnelo Santos, foram condenados pela Justiça a perda da função pública e suspensão dos direitos políticos por cinco anos. A decisão do juiz Roberto Freitas Júnior ainda cabe recurso e, conforme a condenação, eles também devem pagar multa de dez vezes da remuneração que recebiam.

Os dois prefeitos foram afastados dos cargos em operação da Polícia Federal em novembro do ano passado, acusados de usar empresas de familiares para simular licitações e desviar dinheiro de contratos públicos. Na ocasião, a prefeita de Porto Seguro, Claudia Oliveira (PSD), também foi afastada.

A decisão, publicada nesta segunda-feira (5), se refere a outra ação do Ministério Público da Bahia, que acusou os dois de improbidade administrativa, em 2005, quando Robério era prefeito de Eunápolis e Agnelo secretário municipal de Finanças. De acordo com a ação, o prefeito agora afastado e o ex-secretário teriam remanejado mais de R$ 58 milhões de verbas orçamentárias, sem autorização do Legislativo.

Um dos maiores exemplos de desperdício de dinheiro público na Bahia é a Avenida Julio José Rodrigues, em Itapetinga, que liga a ponte da Rodoviária ao trevo da Azaléia, passando pelas vilas Riachão e Isabel.

Além do traçado ‘troncho’ na cabeceira da ponte, uma das pistas está totalmente esburacada, sem nenhuma condição de tráfego, enquanto a outra já entrou também em processo de decomposição.

Por se tratar de um dos acessos à BRA-263, a conservação da avenida é de responsabilidade do Estado, através da SEINFRA, que nunca realizou nada, desde o término da obra, apesar de manter um escritório de fachada no município.

Na sua última visita a Itapetinga, dois meses atrás, o governador Rui Costa garantiu que vai liberar recursos para conclusão e reforma da avenida, mas há informações seguras de que seus coligados na região querem botar o dedo no suspiro, por mera perseguição política.

É nesse embalo que Rui Costa quer se reeleger governador? Sei não…

Por Davi Ferraz