Não é apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ficou animado após os ministros do Supremo Tribunal Federal terem aceitado analisar o habeas corpus apresentado pela defesa do petista. Outros políticos enrolados na Lava-Jato, como os ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu, o ex-senador Gim Argello e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, aumentaram as esperanças de que também poderão ser soltos até que as sentenças sejam transitadas em julgado.

A defesa do ex-ministro Antonio Palocci não perdeu tempo e requereu, na tarde de ontem, que o ministro Edson Fachin retire do plenário e paute na Segunda Turma o pedido de liberdade do réu, preso há cerca de um ano e meio na Lava-Jato. Os advogados alegam que o motivo descrito por Fachin para enviar o caso ao plenário — divergências entre as duas turmas da Corte — foi superado na sessão da quinta-feira do Supremo.

GEDDEL TAMBÉM QUER

A defesa de Geddel Vieira Lima pediu para Edson Fachin revogar a prisão do ex-ministro, com base na decisão do próprio STF de conceder um salvo-conduto a Lula até que o habeas corpus do petista seja analisado, em 4 de abril, informa O Globo.

“Em petição enviada na sexta-feira, o advogado Gamil Föppel argumenta que protocolou, em outubro de 2017, um agravo regimental contra a prisão de Geddel, determinada em setembro, mas que o recurso ainda não foi sequer pautado para ser julgado.

Por isso, a defesa afirma que, assim como Lula, Geddel não pode ser prejudicado ‘pela demora da prestação jurisdicional ao processado’, e pede para que ele seja libertado até que o agravo regimental seja julgado, ‘por coerência e simetria’.”

Como diz o ditado, “Porteira que passa um boi, passa uma boiada…”.

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