Acostumados a transferir grandes votações para seus candidatos a deputado, eleição após eleição, as principais lideranças políticas de Itapetinga têm hoje uma grande preocupação com os resultados de 7 de outubro, que podem frustrar as suas expectativas.

O primeiro fator desfavorável nestas eleições é o tempo da campanha e as restrições na propaganda eleitoral, que eliminou carros de som, cartazes, outdoors e outras mídias utilizadas em eleições anteriores, sem falar da dificuldade que os candidatos estão encontrando para captar recursos para suas campanhas.

Rádio, TV e redes sociais são importantes, mas a sua utilização é desigual e longe do alcance dos pequenos partidos. Assim, resta o corpo a corpo, com uma enxurrada de candidatos atropelando uns aos outros, o que propicia a pulverização de votos, onde antes era reduto de dois ou três candidatos a deputado estadual e federal, apoiados pelas grandes lideranças locais.

Assim, quem estimava obter grandes votações, acima de 5 ou 6 mil votos, já pode ajustar suas contas para pouco mais da metade disto, por motivos mais do que óbvios. É evidente que levam vantagem os candidatos atrelados ao poder, tanto no âmbito municipal, quanto estadual, mas suas estimativas também precisam ser revistas para baixo.

Por Davi Ferraz

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