BAHIA: PRODUTORES DE JINGLES POLÍTICOS DE SALVADOR ACUSAM EMPRESA DE GUANAMBI DE ‘ROUBAR’ MATERIAIS
Os criadores de jingles de políticos baianos acusam a empresa “Jingles Brasil”, um dos nomes fantasia da empresa PGM Produções, de violar o código penal e a lei de direito autoral, utilizando em seus sites e redes sociais jingles políticos criados e produzidos por estúdios de Salvador e outras capitais, assumindo, de acordo com os trabalhadores, a autoria das produções de forma criminosa.
A descoberta das violações aconteceu após o músico Marquinho Carvalho, dono da produtora de áudio Bompracaramba, receber mensagem de um de seus contratantes, que se mostrou intrigado por ver fonogramas da empresa do músico em outro site.
Após pesquisa, o músico observou que vários sites e perfis em redes sociais, todas gerenciadas pela Jingles Brasil, mantêm o mesmo conteúdo . Na página inicial de um dos sites, o jinglesbrasil.com, um vídeo apresentado pelo locutor Ciro Bottini cita o empresário Paulo Geovane Magalhães como profissional experiente que promete resultados, mas o que é escutado na sequência é um dos jingles da campanha de Paulo Souto para governador da Bahia, em 2014, criado e produzido por Marquinho Carvalho.
E, na sequência, mais um jingle da Bompracaramba é indevidamente apresentado como deles, desta vez o da campanha de ACM Neto para prefeito, em 2016, composto pela publicitária Ana Luisa Almeida.
Outro jingle produzido pelo estúdio Elos, e foi criado pelo compositor Dito Martins, também de Salvador, para a pre-campanha do PT à Presidência, em 2018, foi copiado pela empresa.
Outra produtora que teve seus jingles roubados é a Sagaz Sound Design, de Salvador. Jingles criados pelo músico Moisés Souto para as campanhas de Jaques Wagner e Rui Costa para governador, e Flávio Dino, no Maranhão, também foram reproduzidos no site e em outras páginas.
Os produtores também denunciam um possível roubo do vídeo da pagina da Bomracaramba que, segundo a acusação, deturparam, retirando a logomarca da empresa e substituindo-a pela deles.
O advogado Rodrigo Moraes, que defende o grupo, afirma que o ilícito viola o artigo 184 do Código Penal Brasileiro e a Lei de Direito Autoral.
Outro lado – Procurada pelo Metro1, a empresa reconheceu que a “terceirizada, responsável por seu marketing, fez uso de alguns vídeos que estão na internet como portfólio de trabalho. O material, que gera entendimento dúbio quanto a confecção na agência, objetivava apenas ilustrar cases de sucesso do marketing político nacional, dando referência para novas produções”.
“A Jingle Brasil se retrata e pede desculpas a todos produtores, músicos e compositores pela falha e por qualquer transtorno causado. O referido conteúdo contestado já foi retirado de nosso site”, diz, em nota. //Metro 1