:: 9/mar/2021 . 22:05
ITAPETINGA: MEDIDAS RESTRITIVAS DO GOVERNO NÃO IMPEDEM AVANÇO DA COVID NA REGIÃO
A julgar pelos números divulgados nos boletins epidemiológicos das prefeituras de Itapetinga e municípios da região, as medidas restritivas baixadas através dos sucessivos decretos do governador Rui Costa não surtiram efeito, até agora.
Mesmo sob ‘toque de recolher’ e ‘lockdown’, o avanço do vírus chinês em Itapetinga é alarmante e o número de mortes nos últimos dias assusta.
Vale salientar que Itapetinga não dispõe de leitos de UTI para tratamento da Covid-19 e que todos os pacientes infectados têm que esperar regulação para Vitória da Conquista, onde as UTIs já estão no limite.
Estamos ferrados…
Por Davi Ferraz
BAHIA REGISTRA 4.650 NOVOS CASOS DE COVID-19 E MAIS 103 ÓBITOS PELA DOENÇA
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 4.650 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) e 4.872 recuperados (+0,7%). Dos 720.068 casos confirmados desde o início da pandemia, 688.301 já são considerados recuperados, 19.032 encontram-se ativos e 12.735 tiveram óbito confirmado.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.057.748 casos descartados e 169.193 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça-feira (9) Na Bahia, 43.818 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui .
Hoje foram registradas 103 mortes e o número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 12.735, representando uma letalidade de 1,77%. Dentre os óbitos, 56,06% ocorreram no sexo masculino e 43,94% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,94% corresponderam a parda, seguidos por branca com 20,81%, preta com 14,94%, amarela com 0,53%, indígena com 0,15% e não há informação em 8,62% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 69,80%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,29%).
A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
FUNERÁRIAS DA BAHIA ALERTAM PARA PROVÁVEL FALTA DE CAIXÕES PARA SEPULTAMENTOS
“Vamos entrar em colapso”. É o que conta Nelson Pitanga, dono de uma funerária no bairro do Barbalho, em Salvador, sobre o aumento de sepultamentos por causa da Covid-19. Ele relata que recebe um pedido de sepultamento de vítima da doença por dia, e que por isso, pode faltar caixão.
“Desde o início da pandemia, nós começamos a sentir essa diferença, inclusive com os fabricantes de urnas. Hoje a gente tem uma dificuldade muito grande. Eu fazia um pedido que chegava uma semana e hoje chega em um mês”, relata Nelson.
A Associação dos Fabricantes de Urnas (Afub) emitiu um alerta nacional sobre a possível falta de caixões se a demanda por enterros continuar crescendo, por causa da Covid-19. Em Salvador, de acordo com a Secretaria de Ordem Pública (Semop), foram feitos 108 sepultamentos por causa da doença em fevereiro. Em 1º de março, foram 12 enterros de pessoas vítimas da doença.
- 1